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29 de fevereiro de 2012

Direito Ao Suicídio

Minha cabeça me leva a alucinações, onde me esbarro na cerca da loucura, e as conclusões nem sempre são favoráveis e esclarecedoras.

No final do ano passado fui orientado a procurar um psiquiatra, e logo vem aquela sensação que você não está nada bem. Impaciência; choros freqüentes; síndrome das pernas inquietas; insônia; depressão, e outros sintomas básicos fizeram-me atender a recomendação.

Logo na primeira consulta o médico afirmou que a depressão estava associada ao álcool e aos problemas que estava atravessando naquele momento. Parar de beber, mesmo socialmente, e buscar viver mais tranqüilo, foram às conclusões, além de alguns remédios receitados. Quanto à insônia me transcreveu uma receita com alguns componentes assustadores.

Comprei os remédios, mas mesmo assim o sono não vinha, nem que eu passasse duas noites em claro. Retornei ao Dr. da área psíquica, que num tom de dúvida quanto a ineficácia do remédio, me transcreveu outra receita ainda mais forte para dormir, e disse: “Se não tiver resultado, você volta”.

A primeira noite que ingeri aquele pequeno comprimido me veio à sensação que a morte tinha chegado, pois não me recordo de absolutamente nada. Apelidei o remédio de “Michael Jackson”, pelas razões óbvias que o levaram a morte. Você não consegue se segurar em pé assim que toma o “MJ”, sua respiração e pulsação cardíaca mudam absolutamente, e enquanto está dormindo nem sonho ou pesadelo surgem no meio da madrugada.

Jim Jones (@matrizativaonline)

Tomar dois comprimidos após algumas doses de uísque me levaria a óbito. Assim se eu tiver a intenção de deixar esta vida, não precisarei de corda, revólver, ponte para pular, ou qualquer outro mecanismo complicado. Entrarei na galeria de pessoas como o próprio Michael Jackson, Elvis Presley, Marylin Monroe, Jimi Hendrix, Kurt Cobain, Hitler, os 912 seguidores do pastor Jim Jones, e outros milhares de anônimos, que decidiram a própria hora de partir.

Aleister Crowley (@cientonetica)

Apesar da crença religiosa, dos conceitos contrários, e outras metafísicas que existem sobre o assunto, acredito que sendo sua a vida, você tem o direito de acabar com ela quando desejar.

Um dos mais conceituados filósofos de todos os tempos, o inglês Aleister Crowley, em seu “Livro da Lei” (Líber Oz), lançado em 1904, dizia: “Todo homem tem direito de viver e de morrer quando quiser”.

14 de fevereiro de 2012

REGISTRO Nº. 10

Este é o décimo texto que publico neste blog, onde abordei alguns assuntos que não dizem praticamente nada, ou melhor, pouca coisa. Eu sou do tempo que o diário era meu companheiro inseparável, e os meus pensamentos eram levados ao papel de forma incontrolável. Resgatar estes textos de anos longínquos é uma meta, pois no mundo virtual eles se tornarão imortais, ainda que irrelevantes para a grande maioria dos que visitarem este espaço. Com certeza, em breve, registros antigos se misturarão as novas revelações. Esperem que muitas coisas virão à tona...

Falando em visitação, optei ainda de não ter um link de seguidores no blog, pois soa como um pastor que precisa ter um número de adeptos, ou mesmo um canal de televisão que necessita constatar minuto a minuto sua audiência, a fim de saber que está melhor que sua concorrente. Desnecessário este tipo de confirmação. Felizmente não estou aqui para falar o que a grande maioria deseja ouvir, pois sou formado de minhas convicções, e não terá ninguém que me moldará neste aspecto.

Quando insistiram para a criação deste blog, a princípio o repúdio foi instantâneo, pois este projeto estava para ser realizado desde o início de 2011. Depois, com o tempo, acreditei que este poderia ser um veículo para que eu pudesse abordar qualquer coisa, mostrando o ângulo que vejo muitos assuntos que fazem parte da vida. Não sou melhor do que ninguém, mas me sinto apto e competente para escrever, ainda que em poucas linhas, algumas vivências e experiências que adquiro dentro de mim, nestes “trinta e poucos anos”.

Tentarei registrar aqui um pouco de solidez, equilíbrio e sensatez, mas a minha vontade, muitas vezes, seria “rasgar o verbo”, e para aqueles que julgam superiores ou melhores que os outros, que insistem em perseguir, criticar ou julgar, dizer: “Vai tomar no cu!"




Acho que resumi bem e o recado foi dado.
Uma boa noite e durma bem, se a consciência deixar.





1 de fevereiro de 2012

Tudo Que É Bom Dura Pouco

Um dos assuntos mais polêmicos e discutidos no ano passado foi a “quase” separação da dupla Zezé di Camargo e Luciano. Tudo começou numa noite de quinta-feira, 27 de outubro de 2011. O incrível foi que eu, um simples rockeiro adepto as raízes deste “modesto” movimento, estava com a tv ligada, quando em primeira mão, a manchete veio à tona. No primeiro momento me despertou um sentimento de alívio, onde pensei: “Porra, menos uma dupla de breganejos enchendo o saco”. Mas depois que a adrenalina da emoção se desprendeu, veio um pensamento assustador: “Será que além do Zezé di Camargo seguir uma carreira solo, o Luciano não poderá optar por esta mesma conduta? Seriam dois shows simultâneos!” Voltei a torcer para que eles continuassem juntos, que a paz voltasse a reinar. Até porque não foi a morte do João Paulo que calou o Daniel, e nem a ausência de Leandro que acabou com a carreira do Leonardo. Pelo contrário. Imaginou ter que me deparar em breve com a continuação de “Dois Filhos de Francisco – Parte II – A Separação”? 




Pior que aqueles filmes da Xuxa, que ela interpretava princesa, cantora pop star, professora que desejava ser atriz, e por ai seguia anualmente. Melhor não falar muito nisso, porque quando a praga é persistente, difícil de sucumbir. Disseram-me que a Sasha está fazendo curso de interpretação teatral e canto, e já pensa no lançamento de seu primeiro cd, logicamente pela gravadora Som Livre. Melhor deixar as coisas como estão, e jamais imaginarmos que tudo que aconteceu entre Zezé e Luciano não foi nenhum golpe de marketing. Se você defender esta tese, imediatamente, os amantes deste ritmo, ou mesmo os fãs da dupla poderão te responder: “Eles não precisam disso”.

Jorge Vercilo

Independente de qual seja a situação, fases de nossas vidas são acompanhadas de trilhas sonoras. A minha, no aspecto sentimental se resume em duas letras de Jorge Vercilo. Acredito que os vídeos abaixo explicam melhor do que palavras.