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30 de março de 2012

Os Homens Preferem as Loiras

Na semana passada um amigo me perguntou: “Poxa velho, você sempre preferiu as loiras?”. Respondi que isso vem de vidas passadas, até porque Afrodite, a deusa do amor, foi retratada por Botticelli com cachos dourados. Analisando bem, sem dúvida, dentre as “quatro” mulheres que tive na vida, três foram loiras. Coincidência ou preferência?

Associar as loiras com a burrice já virou uma tradição, porém, esta tese é uma das mais incoerentes que já ouvi. Veja que Franzisca Michor é considerada a Isaac Newton da biologia; Corina Tarnita é intitulada uma das mais célebres matemáticas do mundo; Lisa Randal é a top da física nos Estados Unidos; sem falar de Hillary Clinton na política; Gisele Bundchen na moda; Madonna, a rainha da música pop internacional, entre outras loiras espalhadas pelo mundo.


Porém, tratar deste assunto não tem como deixar de mencionar a loira mais famosa de todos os tempos: Marilyn Monroe, a diva-mor do cinema, onde no próximo dia 05 de agosto serão celebrados os 50 anos de sua morte.

Dentre as pré-homenagens, destaco o concurso cultural do site Ahazô, que dentre os desenhos selecionados está um feito pelo meu querido primo-irmão Teeago Lima, caricaturista reconhecido pelos seus traços e por diversos trabalhos realizados desde dos tempos dos fanzines.

Assim se você tiver tempo, vontade, curiosidade e quiser participar deste concurso, acesse o link abaixo e dê o seu voto (basta clicar na palavra "Ahazô", ao lado da coroa, no canto superior direito!).


“Os Homens Preferem as Loiras”, título deste post, é uma referência de um dos filmes de maior sucesso da carreira de Marilyn, uma mulher que brilhou dentro e fora das telas, que foi criticada e contestada, mas que ultrapassou todas as pedras do caminho, fato que num círculo vicioso acontece até os dias atuais, em pleno século XXI com várias outras loiras marcadas e estigmatizadas não somente pela cor de seus cabelos, mas pela ignorância, preconceito e injustiças alheias.

28 de março de 2012

A LUZ e a ESCURIDÃO

Neste final de semana o programa “Domingo Espetacular” da Rede Record, apresentou uma reportagem onde mostrou que o baixista Renato Rocha, que integrou a banda Legião Urbana, atualmente é um morador de rua, mendigando pelas ruas do Rio de Janeiro.

Fiquei com esta matéria na cabeça até hoje, me perturbando e me questionando a respeito dos fatores nela contida.


Independente de qual seja o seu gosto musical, Renato Rocha integrou uma das maiores bandas de rock do país. Isto é fato! Mesmo assim os direitos autorais recebidos pelo ex-músico não pagam as despesas básicas de um mortal normal. Se fosse nos Estados Unidos ou na Europa isso poderia ser diferente.

A equipe de jornalismo da Record tentou sem êxito entrevistar os outros dois remanescentes da Legião Urbana, ou seja, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, que preferiram o silêncio, talvez por razões pessoais desconhecidas.

Deixando de lado o caso específico, percebo que a grande maioria adora ver seu semelhante no fundo do poço. Isso dá prazer!

O ex-baixista da Legião não é o primeiro e nem será o último.

Norma Bengell, uma das divas atrizes do cinema, do teatro e da TV, que reinou a partir da década de 60, atualmente além de pobre, é cadeirante, abandonada e esquecida, passando seus últimos momentos tentando entender toda falta de prestígio que a acompanha há anos.

Você sabe quantas pessoas estiveram presentes no velório do Francisco Di Franco? Talvez pelo nome você nem saiba quem seja, mas foi um dos mais requisitados modelos e ator da teledramaturgia nacional nos anos 70, protagonista do eterno Jerônimo, Herói do Sertão. Em seu velório o número não chegou a dez, sendo que nenhum era do meio artístico.


Além desses, a triste realidade não foi diferente para a atriz Wilza Carla; para o ‘socialite’ Ataíde Patreze; nem mesmo para o Bolinha, apresentador de programas de auditório nos anos 80, entre dezenas de outros que acabaram na lama e no esquecimento.

Eu pergunto: Será que foram eles mesmos que buscaram a sarjeta? O sistema foi justo e reconheceu a importância de cada um deles? Existiu uma nova chance? Ou se analisarmos pela força da energia astral, poderiam ter sido vítimas das pragas lançadas por invejosos (as) ou maldosos (as)?

Sinceramente eu admiro muito mais aqueles que terminaram no escuro, do que muitos que mantiveram a todo custo o brilho dos holofotes. Independente da minha preferência, a certeza é que todos nós iremos acabar, da mesma forma, estando embaixo ou no patamar mais alto desta escada, que sempre dividiu a sociedade.

Embaixo da terra não há divisão, pois os vermes desconhecem aqueles que acabaram no lixo ou no luxo.

27 de março de 2012

Domingo

Acordo desnorteado, e me surpreendo com um imenso copo ao lado da cama. O chá verde, ainda sem açúcar, se torna o primeiro inimigo do dia, mesmo você tendo todo cuidado em me socorrer. Reflexo das minhas extravagâncias da noite anterior.

Sinto meu coração batendo como estivesse dentro do cérebro, o fígado em seus últimos suspiros, e tentar a cura com uma ducha gelada é subestimar meu próprio corpo, diante de todos os males que cometi há poucas horas atrás.

Falei males? Não sei! Isso pode ser analisado em outra circunstância.

Apesar do sofrimento momentâneo, vem alguns flash's do que aconteceu ontem, tendo cada vez mais convicção que a vida é uma reunião de momentos, e a felicidade é complexa, se dividindo em cada pessoa. Não há felicidade, e sim alguns raros momentos felizes, prazerosos e inesquecíveis.

Olhar nos seus olhos vem à sensação que tudo pode ser diferente, e alguns comprimidos, os quais acredito serem milagrosos não resultam melhoras, mas a insistência é permanente até ingerir outros componentes laboratoriais.

O espelho, pavoroso e irreal demonstra um inchaço que se uniu à gordura, que muitas vezes contigo me convenço em ser tudo natural.

A tarde cai. Os carros não param de transitar, e comer me satisfaz.


O dia parece imenso, inacabável, tenso e deprimente, como todos os domingos, até me deparar com a noite, e com uma nova sessão de angústia e depressão, onde travarei uma luta antiga contra o sono, até ver o sol bater na janela e saber que mais uma semana está chegando, e que tudo será da mesma forma.

Será mesmo?

23 de março de 2012

Páscoa sem Chocolate

O senhor poderia me dar um ovo de páscoa? Pode ser pequeno”, foi o pedido que ouvi ontem de um garoto, aparentando ter pouco menos de sete anos, na frente de um supermercado.

O que fiz ou o que deixei de fazer não vem ao caso, mas me fez refletir sobre a questão, num contexto mais amplo.

Pensei por alguns instantes e cheguei a uma triste realidade, que está aparente no nosso dia-a-dia, e que a grande maioria prefere olhar para o lado oposto.

Nesta páscoa, quantas crianças não terão sequer um simples chocolate, ou mesmo um prato de comida em sua mesa. Já parou para pensar? Aliás, você se importa com isso? Espero que sim!


Revolta ver tanta gente com condições financeiras olhando somente para si, como se tudo que girasse ao seu redor fosse por acaso ou então dispensável socialmente, inatingível.

Conheço muitos que rezam, oram, pedem, suplicam, vão a centros espíritas, igrejas, templos, salões, terreiros, pagam seus dízimos, ajudam com doações, e não conseguem enxergar seu semelhante. O alívio de sua consciência quanto à “bondade” se restringe apenas a estes atos fechados.

Chego a defender que o inferno não existe, até porque o tamanho do fogo seria incompatível com a demanda. Haja brasa para queimar àqueles que compõem a fila de espera.

Realmente se um anjo descer e me falar que Deus está revoltado, entristecido, chateado e decepcionado com aquilo mais precioso que Ele criou, que somos nós, podres humanos, não teria razão mínima de contestá-lo. Nossos atos, ou a falta deles justificariam a indignação Divina.

Pelos inúmeros comentários postados, tenho conhecimento que este blog está sendo acompanhado por muita gente. Diante disso, você que tem o mínimo de consideração ou uma pequena pitada de amor, pense em doar um ovo de chocolate, independente da marca, tamanho ou do valor, para uma criança carente, nesta Páscoa, que é considerada a segunda maior celebração do Cristianismo.

Certamente você sabe que a Páscoa simboliza a ressurreição de Jesus Cristo; então aproveite esta corrente para deixar renascer em você um sentimento mais coletivo, menos egoísta, mais fraterno.

Faça de coração, e não por obrigação!

Será um simples gesto que te fará bem.

21 de março de 2012

Filme Sem Título

Passei diversas vezes na frente do bar, e a mesa permanecia vazia na calçada, da mesma forma que antigamente a encontrava nas noites quentes, perambulando pela cidade.  Não sei o que houve, mas algo me segurava, e eu não conseguia parar. A popularidade não existe mais, e os personagens do desenho se tornaram adultos, não tendo mais sentido acompanhar o texto redigido, o qual não passa de decadente e com um final totalmente previsível.

As ruas conhecidas se transformaram num imenso labirinto, não conseguindo encontrar uma só alternativa, e cada lugar que passava me trazia lembranças confusas, tenras, ilusórias que fizeram meu cérebro processar em fração de segundos.


Voltei para casa e o silêncio me acompanhou por horas, onde fui perceptível ao som do vento, que tentava entrar para me fazer companhia. Preferi desligar o telefone, as luzes, e tudo que pudesse romper a solidão. Senti medo, pavor, tristeza, chegando a um desespero intenso, até que fui obrigado a voltar a realidade, a qual tenho que enfrentar, custe o que custar.

Disseram-me que a vida é feita de escolhas, mas nem sempre conseguem respeitar o caminho que você quer trafegar, sendo mais fácil julgar, sem qualquer análise. Sou suspeito daqueles que defendem que tudo tem dois lados, teoria que nem sempre é aplicada na prática.

Estou cansado físico e mentalmente, sendo este mais um dia, que no futuro preferia não lembrar, mas que faz parte da minha história, repleta de elementos que podem ser úteis a qualquer longa-metragem.

O título você pode escolher, até porque na minha vida não existe mais diretor, nem texto a ser decorado ou figurino a ser vestido, apenas um roteiro, uma sonoplastia adquirida e alguns personagens que ninguém conseguirá mudar.

19 de março de 2012

Pasta Preta

Mal abro a porta e encontro dois envelopes no chão. Vou guardá-los numa pasta destinada a este tipo de encomendas, quando começo a tirar tudo de dentro e vejo: Conta de Luz; Conta de Água; Condomínio; Aluguel; Internet; Telefone; Celular; Prestação da Casa; Prestação do carro; Seguro de Vida (Importantíssimo); Plano de Saúde; Parcela de Empréstimo Bancário; Cartão de Crédito; Plano Odontológico; Boleto mensal do restaurante; Plano Funerário; Parcela da OAB; e, demais faturas que não quero nem ver.


Bastaria eu ficar no escuro, sem água para beber, não tendo contato com ninguém, andando com as minhas próprias pernas, evitando o supérfluo da alimentação, sofrer as conseqüências em hospitais públicos quando adoecer, tirar os dentes da boca, largar minha profissão, não me importar com quem vai ficar neste mundo, e quando morrer ter meu corpo jogado em qualquer buraco, para me livrar destes compromissos, que tendem a me seguir pelo resto da vida. Esses sim são companheiros fiéis.

Imediatamente coloco tudo de volta no compartimento, fechando os elásticos com dificuldade, diante de sua larga e alta dimensão, e me dirijo ao primeiro boteco, pensando: Se um dia eu ganhar na mega-sena eu pago estas contas. O restante eu penduro.

Por outro lado, conheço pessoas com muito dinheiro, as quais não conseguem viver bem, sequer desfrutando de um momento simples como este, nos botequins da vida, desconhecendo algumas leis promulgadas em balcão, que “o banheiro é a igreja de todos os bêbados”, ou mesmo que “no bar não se cope no chão”.


Vou tomar o primeiro de alguns copos, ao lado de alguns sujeitos, que não precisam ser comprados para manter-se em minha companhia até a porta abaixar, e amanhã, se tudo conspirar ao meu favor, retornarei meu pensamento naquela mesma pasta, da cor compatível com o que ela possui no seu interior.

Um brinde! Tim-Tim as minhas dívidas!

17 de março de 2012

O REGIME

Roda o cd “Sessão da Tarde”, do meu querido amigo Léo Jaime, o qual sou fã incondicional desde os anos 80, quando ouço penetrando nos ouvidos o verso:

“O cara gasta uma fortuna pra engordar;
Champagne, lesma, camarão e caviar;
Manhã seguinte tem ressaca e depressão;
Porque a barriga cresce junto com a inflação”.

Apesar de integrar o chamado lado “B” da discografia do artista, pouco executada pelas rádios da época, a letra se identifica muito com a minha atual condição física.

Com regular semelhança em cada frase, vem à sensação de culpa por tudo que ingeri nestas últimas 18 horas: Lanche, chocolate, alguns refrigerantes, quatro pedaços consideráveis de pizzas e pratos de doces protegidos na geladeira. Quem mandou você fazer? Não precisa responder! Melhor não nos aprofundarmos neste assunto gastronômico.


Fazendo um adendo, preciso revelar um segredo pessoal: Depois de alguns anos ausentes, no final da década de 90, após o lançamento do álbum “Todo Amor”, Léo Jaime reapareceu na mídia, um pouco roliço, no bom sentido, ou melhor, “cheinho”, como preferem as garotas, onde confessei somente para minha consciência: Um dia quero ser igual ele! Dito e feito. Não imaginava que este dia chegasse tão rapidamente.

“O problema é o regime que não dá satisfação”, até porque nem comecei, e tampouco tenho data definida de iniciá-lo, mesmo com algumas dificuldades, as quais todo(a) gordo(a) passa diariamente.

Comportar quase 105 quilos, ou seja, 07 arrobas, ainda que distribuídos em 1,86 de altura não é fácil. Dificuldades de amarrar o tênis, andar poucos metros tentando manter o fôlego, se virar na cama sem esmagar a barriga, colocar aquela calça jeans esquecida no guarda-roupa, ser ponto de referência em lugares públicos, sempre o primeiro a receber o cardápio, e principalmente recusar o último pedaço de bolo são algumas das tarefas que somente nós, acima do peso, temos que enfrentar.

Já que entrei neste aspecto, prefiro mil vezes ser tratado de gordo a obeso, soando mais direto, informal e menos ofensivo. Apelidos como “gordinho da churrasqueira”, “fenômeno”, “pacman” passaram a ser desconsideráveis próximo a este termo que dizem ser politicamente correto. Não que eu seja um exemplo de saúde, mas pra mim, obeso equivale a doente, aqueles que não tem alternativa, senão entrar no bisturi e tirar metade do estômago. Sem chance!

Ainda que tenha um tempero debochado, grelhada com uma leve crítica social e regada ao molho de muito humor, “O Regime” do Léo já passou pelo aparelho, enquanto escrevia este post, sendo executada neste instante a última faixa que por sua vez me deixou um pouco deprimido, necessitando de algum belisco para degustar, a fim de amenizar esta minha angústia física.

 “Beijo do Gordo! Uôuhhh!”

15 de março de 2012

O Homem

Ontem no meio da palestra no centro espírita, novamente meu coração deu sinais negativos de uma vida sedentária, conturbada, desgastante e agitada, elementos que me acompanham há algum tempo. Tive a sensação que as pessoas ao redor, percebiam me retorcer, incomodadas pela minha inquietude e talvez pela palidez, diante daquela sensação estranha como fosse uma faca rasgando meu peito.

Aguentei até os 45 minutos do segundo tempo, onde ao término da sessão, não tive outra alternativa, senão buscar por socorro, sendo que aquele incômodo estava insuportável, e o trajeto parecia infinito até chegar na UPA – Unidade de Pronto Atendimento. Tive receio que alguma coisa fosse acontecer enquanto dirigia, já que não enxergava um palmo de distância em minha frente.

Interessante que logo ao entrar no rol principal, nem precisei me manifestar, talvez pelo meu semblante ou por amparar o braço esquerdo, na tentativa de alívio, sendo encaminhado num passe de mágica para a famosa sala P.A. (Pré-Atendimento), onde mediram a pressão arterial e imediatamente me colocaram numa maca, me destinando a “Urgência”.

Apesar de rápido, tive momentos marcantes deitado naquela cama com rodinhas, principalmente quando aquelas lâmpadas do teto passaram como marcadores de rodovias, lembrando uma cena do filme “Eu Te Amo”, com Sônia Braga e Vera Fischer.


Quando percebi, já estava sem camisa, com uma porrada de fios – sensores pregados no meu peito, interligados a um aparelho televisor, que revelava a frequência cardíaca, até me aplicarem uma injeção e sair um papel, tipo extrato bancário, que foi encaminhado ao médico.

Naquele instante questionei comigo mesmo: Será que até aqui, na UPA, ficam sabendo se tenho ou não restrição no meu nome? Tem algum departamento interligado ao SERASA?

Depois de alguns instantes chega o doutor responsável, fazendo diversas perguntas, as quais todos já sabem: Você fuma? Bebe? Faz exercícios? Sexo? Usa droga(s)? Já teve problemas cardíacos? Toma algum remédio? Quanto tempo que começou a dor? Sinceramente pelas perguntas, pela atenção especial da equipe de enfermagem, e pela rapidez que me atenderam, achei que meus minutos no planeta Terra estavam chegando ao fim; até que a dor foi aliviando e a vontade de sair daquela unidade médica foi aumentando.

Sumir de lá era meu único objetivo, principalmente depois de saber que se em uma hora não houvesse uma melhora, seria encaminhado à internação na Santa Casa. Internar? Nem pensar! Mesmo que eu tiver que mentir, até porque os sintomas nada mais foram que “aquela dor no peito, que eu escondi direito, e naquele momento surgiu”, contidas na bula da música “O Homem”, de autoria do saudoso Raul Seixas.

13 de março de 2012

TELEMÓVEL

Rezo para não tocar,
Para não trazer notícias ruins,
Perturbando sem parar,
Com torpedos incompletos,
Restrito nem pensar;

Algumas chamadas eu perdi,
Já não quero encontrar,
Conta imensa por falar,
Vibração que me incomoda,
O som que custa silenciar;

Viciado enquanto ligado,
Esquecido quando apagado,
Mesmo com as quedas constantes,
Insiste em despertar,
Por enquanto te odeio,
Necessário celular.


12 de março de 2012

Trinta e Três Anos Depois

Ainda menino, morando numa casa simples, mas acolhedora, na rua Cônego Valadão, em Guarulhos, tive o primeiro contato com a obra dele, num disco 78 rpm, o famoso “bolachão”, com alguns clássicos musicais que até os dias atuais permanecem imortais.

Os anos passaram, inúmeras músicas emplacaram, mas a simplicidade, o jeito, a tranquilidade e o estilo permaneceram os mesmos, com a mistura do moleque e do malandro que marcam sua personalidade.

Considerados por muitos como um dos percussores do samba carioca, este crioulo apesar de bairrista, com orgulho, levou seu som para todo o país, e inclusive para o exterior, onde se apresentou nos outros quatro continentes.

O sujeito ganhou diversos prêmios, inclusive o Prêmio Shell da MPB em 1991, e no seu currículo além de ícone de uma das grandes agremiações carnavalescas cariocas, coleciona nove lançamentos de livros, o documentário “O Pequeno Burguês”, filme lançado em 2009 e 48 cds compondo sua discografia.

Admirado por pagodeiros, rappers, intelectuais da MPB, roqueiros e até mesmo por músicos eruditos, a unanimidade vem da identificação e qualidade do seu trabalho, com o respeito por seu público, onde não se entregou as modas e nem mesmo ao sistema, nestes 45 anos de carreira.

Nesta caminhada musical já tive o prazer e o desprazer de assistir diversos shows, de todos os estilos musicais, nacionais e internacionais, mas jamais este, que pra mim, particularmente, está na relação dos mais aguardados e esperados, onde graças aos deuses da arte e a oportunidade que o SESC São Carlos está concedendo, deixará de constar do rol dos eventos não vistos, no próximo dia 29 de março, depois de 33 anos após aquele primeiro contato com o clássico disco “Canta Canta, Minha Gente”.

Salve Martinho da Vila, o garoto de 74 anos, um dos mais importantes expoentes da cultura nacional.

@"Canta Canta, Minha Gente"

10 de março de 2012

Falha de Memória

Estou novamente aqui, tentando expressar mais um pensamento, envolto a vários sentimentos que se misturam a cada segundo, entre a dor e a felicidade. Infelizmente minha memória falhou. Mas veja como eu consigo prender sua atenção.

Você está lendo estas palavras, para ficar informado(a) ou simplesmente para “bisbilhotar” a vida alheia?

Não precisa responder agora, até porque te impedirá de prosseguir com esta leitura. Não fique chateado(a), magoado(a) ou triste, caso te ofendi, pois esta não foi minha intenção.

Ainda vou retratar neste espaço virtual assuntos que talvez possa te interessar, como algumas vivências passadas, fatos concretos e diretos, sexo, drogas e muito rock’n roll.

Espere um pouco. Não desconecte, pois se neste texto não tiver nada sobre você, provavelmente em outros tiveram ou terão. Pode ter certeza! Leia com atenção os “posts” publicados, e caso não esteja bem visível, tente se achar nas entrelinhas. Talvez você encontre alguma frase ou a junção de algumas palavras que diz respeito a sua pessoa. Vou te dar um tempo para procurar. Ok?



Se você teve certeza que nada, absolutamente nada, se enquadra no seu perfil, fique tranquilo(a), pois você não ficará imune, nem isento(a) dos meus futuros comentários, ainda que poderão estar disfarçados, como enlatados de ervilhas expostos em gôndolas de supermercados.

Será que não tem nada que fala de você, uma criatura de tamanha bondade, exemplo para a sociedade, que mantém sua conduta, seus princípios e que nunca fez nada para prejudicar seu semelhante?

Eu fico perplexo com muitas coisas acontecendo em minha volta, enquanto você muitas vezes preocupado(a) em passar um ar de injustiçado(a) ou incompreendido(a), que não merece passar nada disso na vida. Que judiação!

Já reviu seus conceitos? Caso eles façam você mudar, não seja radical, tentando imitar aquele seu amigo, que vive sorrindo para tudo e para todos, esboçando um ar de felicidade, o qual não passa de mera falsidade, disfarçada entre os dentes, onde ninguém consegue suportar. 

Agora é melhor desligar seu computador, apertar o “off”, pensar um pouco a respeito do que mencionei aqui, e deixar esta máscara engavetada por um instante.

Antes que eu esqueça, amanhã ou em breve terá mais uma publicação, para que você leia, analise, pense, se identifique, critique ou elogie, mas jamais comente, pois você precisa manter a irrelevância e toda falta de importância para com o conteúdo deste blog. Se for diferente pode te trazer problemas. Pode não lhe ser favorável!

In’Controle Total e Você, Tudo a Ver!

Observação: Este texto foi escrito inspirado em pelo menos quatro pessoas. Não se sinta uma delas, por favor

9 de março de 2012

Eu Ando tão "Down"

Muitas vezes me sinto o pior dos piores seres-humanos que se encontram na face da Terra. Sabe quando você se sente culpado de tudo? Todos têm razão, exceto você!

A sensação é que não fiz ou faço nada certo, mesmo não sendo verdade, ou próximo dela. Sentimento que aflige e que não me leva a nenhuma conclusão. Disseram que isso pode ser a síndrome da depressão, mas não me convenceu tão facilmente, pois continuo ingerindo diariamente (nem sempre diário, para ser bem sincero) os cruéis aliados (remedinhos), os quais sequer solucionam ou amenizam esta sensação.

Constantes os momentos que me sinto sem chão, perdido, esperando a madrugada, pois dormir é minha única fuga, trágica, vagabunda, e ao mesmo tempo amena, indispensável e necessária, como um simples copo de água no deserto.

Consigo perceber a importância das mínimas coisas que a vida pode oferecer, mas nem sempre dou o seu devido valor.


Reconheço meus erros, mas não consigo perdoá-los, sendo eles em atitudes, gestos ou numa simples palavra, mesmo sabendo que não sou exclusivo no cometimento destas falhas.

Estou do lado oposto da perfeição, me deparando com o repúdio ao invés do abraço, com o orgulho a humildade, vendo que meu choro são como águas que tentam limpar toda sujeira que carrego, pelas perdas que insistem em me sucumbir.

Esta dor corrói permanentemente e não sei qual porta abrir neste mar de solidão, sendo que já busquei todas as chaves e elas insistem permanecerem fechadas, potentes e invioláveis. Comecei pedindo e hoje imploro para que tudo seja diferente, e que este sentimento de culpa possa ser revertida na paz, na compaixão, no conforto do amor.

Estou precisando de Você, Meu Pai, e que nesta noite, mais uma vez, Você possa confortar meu coração, e me perdoar por todos os erros que vem se acumulando na minha alma. Amém!

8 de março de 2012

PERDAS IRREPARÁVEIS

Personagens que fazem parte do meu filme jamais deixarão de atuar, mesmo distantes, ausentes, mas que um dia, quem sabe, poderei encontrá-los.

Voltando a vaga e cansada memória, a primeira grande perda na concepção humana e pessoal, foi da tia Idalina. Por ela fiz a minha primeira promessa, no intuito de sua cura. Mas foi em vão. Lembro que fiquei revoltado e decepcionado com Deus, fato este que ajudou a me tornar um ateu fervoroso, que só mudaria muitos anos depois.

Quando lembro de cada um que partiu, imediatamente vem uma passagem viva, como tivesse ocorrido ontem.

Falar do Carlinhos sem lembrar de bicicleta ou de oficina de moto, e ainda das carteiras de couro que ele fabricava artesanalmente embaixo da escada em sua casa no Gama/DF seria excluir sua própria identidade.

Não tenho como deixar de associar a primeira aeromoça do 14 Bis com a dona Neusa, onde passava semanas em seu apartamento no Rio de Janeiro; as comilanças de carne de porco com o tio Mané; as cobranças de aluguéis na 18 (quadra) onde tinham imóveis com o Rato; a gravata curta a la Didi Mocó com o Zé Coxinha; os últimos conselhos e a premonição do “velho” João Soares antes de sua partida; os palavrões na boca do Miguelão; e as aventuras pitorescas contadas pela tia Iraci.

O cigarro escondido na janela da cozinha da Rose Camargo; as “sacadas” e revolta do João (dono do Bar Tutoya) que preferia beber a atender seus clientes; as risadas do pequeno Nunes; as degustações das cervejas com os olhos vendados do “velho” Asa; a bondade permanente da dona Zoraide, que servia aquelas macarronadas com frango aos domingos; e os porres filosóficos do Laerte Casagrande também não tenho como esquecer.


Ainda parece que aconteceu em alguns minutos atrás quando via os “modelitos” renovados dos vestidos floridos da dona Salomé; a Silvina sentada em seu sofá bem rente a janela com seu copo de “drink”, assistindo tv e analisando o movimento da rua D. Antonia em Guarulhos; a impaciência do Edmar de não estar consertando alguma coisa; ou ainda o Antonio Bispo que não conseguia pegar um ônibus, pois sempre tinha alguém que o levasse para a cidade, tamanha sua popularidade no Varjão.

A minha avó – dona Conceição, que escondia o copo entre as mãos antes de servir o leite ao Pedrosinha, que “roncava” a noite inteira e ao acordar dizia ter tido insônia, que impedia todos de comer um só pedaço de pudim ou experimentar uma só esfiha sem que eu chegasse em casa, também são momentos marcantes.

Mas para fechar o caixão, no bom sentido, não resta dúvida que o Pedrosa, meu velho pai, é o campeão das lembranças. Os bordões “é supi-cumpricado, bichão”, "o cara pode me matar, mas ele não vai ganhar de mim", "vai devagar porra" (enquanto alguém - principalmente o Pedrosinha - dirigia), “você é um babacão” e “vou urinar porque preciso mijar”, entre dezenas de outros me faz entender porque a vida vale a pena, até porque jamais a tristeza superou a felicidade em sua trajetória, por mais difícil que tenham sido os obstáculos enfrentados em muitos trechos.

Todos eles, e outros que deixei de citar, com suas peculiaridades e diferenças, foram responsáveis diretos ou indiretos para a minha formação, e peço que um dia tudo possa ser explicado, principalmente a razão de me fazerem tanta falta.

Fica aquele velho ditado: “Faça para aqueles que ainda estão vivos, pois para aqueles que já foram não tem mais o que fazer”.

7 de março de 2012

SENTENCIADO

Assim que resolvi tomar um novo rumo pessoal, imaginei que nada seria fácil, diante dos obstáculos, críticas ou comentários que poderiam aparecer no meio do caminho. Porém, a maldade chegando aos requintes de crueldade, jamais foi prevista no cenário que teria que atuar.

Diversas ameaças e desejos de vinganças fizeram com que eu aprendesse a pisar leve, evitar até mesmo ouvir o som dos meus próprios passos, recuando nas coisas mais simples do cotidiano. Passo noites avistando um mesmo ponto, esperando o previsível se concretizar, em meio a uma pressão interna que custa a passar.

Tem momentos que me comparo a um criminoso de alta periculosidade, fugindo, vagando, sendo perseguido, aguardando o fecho das algemas se fechar. O crime cometido foi apenas ter respeitado meus sentimentos, onde a emoção superou a razão, mas que objetivamente as conseqüências não deixariam de ser compatíveis as minhas decisões.


Enquanto o fogo queimava numa intensidade incontrolável era natural todo o tipo de represálias, atos impensados, desejos absurdos que visavam me avistar na lama, no lodo, como a escória do mundo, mas hoje acreditava ser diferente, sendo que amenizaram as brasas desta fogueira em chamas. Pura ilusão, já que os vingativos atuam com munições silenciosas, de máscaras para esconder suas faces.

Nessa enfática pressão, sinto minhas mãos tremerem, meus olhos lacrimejarem, imaginando o badalo dos sinos da igreja tocando, clamando a Deus sensatez e equilíbrio, sem poder gritar, esbravejar ou me defender, pois a oportunidade ainda não foi concedida, mantendo como aliados às armas do silêncio, da mágoa e da indiferença.

Disseram para eu pagar para ver, mas minha visão ofuscada de tantas maldades lançadas, prefere se manter na escuridão. Recluso comigo mesmo.

6 de março de 2012

HOJE FOI PHODA!

Hoje, mais uma vez, foi um dia que jamais deveria ter saído da cama. Aliás, defendo que o sono não deveria ser interrompido por nenhuma razão, por mais importante que ela seja, pois nossos antepassados somente acordavam, quando já estavam totalmente descansados, até que surgiu o despertador. Dizem que o inventor do despertador foi Santos Dumont, o mesmo que criou o relógio de pulso. Tinha que ser um brasileiro!

Deixando a história das invenções de lado, assim que saí com o carro, percebi um leve puxão no volante. Resultado: Pneu furado. Imagine você de terno, no meio do nada, num calor infernal, tendo que trocar o pneu? A solução foi telefonar para meu grande amigo destas horas difíceis, o ilustre borracheiro Luis Carmelo, que após alguns preciosos minutos, resolveu este primeiro empecilho.


Chegando no escritório, havia uma porção de recados, e uma mulher desvairada, me xingando por não ter solucionado seu processo, sem perceber que a culpa não é minha, e sim da justiça, a qual está cada vez mais lenta e estacionada. Dentre os sete recados, cinco eram cobradores, e dois passavam pela mesma situação da cliente que havia atendido. Resolvi não retornar as ligações.

Já passando da uma da tarde fui até o restaurante, tentar degustar uma salada, seguida de um belo espaguete, pois preciso manter estes 103 quilos, bem distribuídos entre a barriga e bochechas, quando ao escolher a mesa, surgiu do nada uma figura conhecida na sociedade que fala mais que o homem da cobra e o Laróca, juntos. Uma das coisas que mais me desagrada é fazer uma refeição com um chato do lado. Não tive como correr!


Quando tudo parecia terminado, no final da tarde após receber a notícia do falecimento de um dos grandes e velhos amigos roqueiros, fui ao supermercado, e ao passar as compras, percebi que não tinha um real na carteira, e como não sou portador de cheque ou cartão de crédito, disfarcei com a operadora de caixa, dizendo que pegaria o dinheiro no carro. Simplesmente sumi, deixando todos os produtos no balcão.

Depois disso, só faltava chegar em casa, e em encontrar em cima da mesa o seguinte bilhete: “Amor, tudo acabou, mas antes de partir com o Severino para o Distrito Federal, não poderia deixar de dizer que você foi muito importante em minha vida. Não se preocupe, pois peguei o nosso filho na aula de ballet, e quando quiser pode visitá-lo na casa da mamãe”.

Quer pior? Não disse que não deveria ter saído da cama!

5 de março de 2012

Estou Ficando Velho

No próximo mês de outubro, caso ainda esteja por aqui, completarei mais um ano de vida, e durante esta caminhada já presenciei alguns fatos históricos e marcantes.

Veja você que a oportunidade me levou em alguns estádios para ver aquele timaço do Flamengo com Raul, Leandro, Júnior, Andrade, Zico, Adílio, Nunes e cia jogar diversas vezes, contra o Palmeiras de Leão, ou face ao Corinthians de Sócrates, Biro-Biro e Casagrande. João do Pulo, o saque jornada nas estrelas de Bernard, Hortência e Paula, também tive a honra de ver nos ginásios paulistanos.


Lembro das mortes de Elvis, Lennon, Elis Regina, Paulo Sérgio, Clara Nunes, Luiz Gonzaga e seu filho Gonzaguinha. Já recentemente de Raul Seixas, Cazuza, Renato Russo, Michael Jackson e outros que ficaria horas relatando.

Cheguei a ver farmácia com “PH” em alguns pontos de São Paulo, em bairros tradicionais como o Bom Retiro, Casa Verde e Bixiga, na companhia dos irmãos Pedrosa, que buscavam os botecos mais improváveis da capital paulista. Citando estes redutos, me vem à cabeça Adoniram Barbosa e o pessoal dos Demônios da Garoa, que com as renovadas formações, ainda mantém as raízes do velho samba.

Saudosas as brincadeiras que faziam a cabeça da garotada, como os carrinhos de rolimã que deixavam suas marcas nas ruas onde passavam, ou ainda o esconde-esconde, amarelinha, jogo de botão, e o controle do peão que iniciava rodando no chão até parar nas mãos. Deixávamos de puxar os carrinhos de plásticos ou montar o playmobil para assistir as corridas do Nelson Piquet, ou aquela fantástica Seleção de 82 brilhar nos gramados.


Escondia de baixo do cobertor, fingindo dormir, para ver Sala Especial, um programa de filmes de pornochanchadas apresentada na TV Record, patrocinado pelos comerciais das Duchas Corona e da revolucionária câmera Polaroid. Os garotos ficavam excitados vendo filmes como “Histórias Que Nossas Babás Não Contavam”, “Bem Dotado, O Homem de Itu” e “Ainda Agarro Essa Vizinha”, com Wilza Carla. Do jeito que a coisa era, tinham muitos meninos que se estimulavam até com livros de Medicina Legal.

Não sei explicar, mas naquela época que eu ainda era uma criança, a Hebe Camargo, Silvio Santos, Goulart de Andrade com o bordão “vem comigo”, Carlos Alberto de Nóbrega da então “Praça da Alegria” acompanhado de Moacir Franco, pra mim, eles já eram velhos. Essas personalidades devem tomar formol todas as manhãs. Aliás, você consegue perceber o envelhecimento do Evandro Mesquita? Eu não consigo ver! Em compensação, abrindo um parêntese, têm alguns que não passam de carcaças, e se sentem o grande lançamento do momento, velhos que se consideram playboys a caça de brotinhos em festas de debutantes. Chego à conclusão que o ridículo é atemporal.

(@NANDOPIRES)

As primeiras apresentações de Naim, Gilliard, Ovelha, Trio Los Angeles, Menudos, Polegar, Xuxa cedendo seu lugar na então Rede Manchete para a Angélica, o Cassino do Chacrinha, os discos que Flávio Cavalcante quebrava em seu programa, a performance do Bolinha, a zorra do “Perdidos da Noite” de Fausto Silva, os policias do Chips, os heróis orientais Ultraman e Espectreman, os desenhos do He-Man e do Mr. Magoo, a Turma do Balão Mágico, e o primeiro Bozo acompanhado pela Vovó Mafalda e Papai Papudo insistem permanecer na minha memória.

Outros momentos marcantes foram o Ouro da geração Oscar no basquete desbancando o imbatível e todo poderoso Estados Unidos; a passagem do Cometa Halley; a queda do muro de Berlim; Gorbachev na sala secreta embriagado tentando ativar a bomba atômica na antiga União Soviética; a fome na Etiópia; o primeiro bombardeio no Iraque pelos americanos, entre tantos outros que até preferia esquecer.


Imagine que mal estou na “casa” dos 30 e já vi uma série de coisas, as quais ficaria por horas escrevendo. Pensou o que a sua mãe ou sua avó já presenciou? Elas eram do tempo que o rapaz namorava sentado no sofá até as dez da noite do sábado, separados pela marcação cerrada do irmão, vestido de calça Lee e tênis Montreal, que mesmo sendo chamadas de “caretas”, o principal motivo das famílias era manter a união e o respeito.

Nossa! Como os tempos mudaram!