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29 de agosto de 2012

Venha a Nós


Ninguém se importa com ninguém.

Aquele velho ditado distorcido: “Venha a nós e ao vosso reino ‘porra’ nenhuma!”. Olhe ao seu redor e tire suas próprias conclusões. Faça um gráfico e tente alcançar o índice de 50 por cento, número satisfatório que contrariaria o que estou dizendo.

A ganância, o individualismo e o egoísmo imperam, restando a si as justificativas, buscando nos outros a culpa, e, se possível, quanto mais denegrir a imagem de quem não agrada, melhor.

Tornou-se banal e normal, simplesmente falar mal.


O que passou, o que foi feito, independente por quem, perdeu o valor, permanecendo apenas o que lhe interessa, até porque, a maioria das pessoas, com raríssimas exceções, não possuem a balança para avaliar o preço das atitudes, dos acontecimentos, de quem fez parte da estrada.

O que é não saber perder? Quem souber, por favor, me responda. Talvez, se conseguir me convencer, me traria uma conclusão plausível para compreender e amenizar o que me intriga, me persegue.

“Nossa, hoje eu sou mais eu. Faço e aconteço. Quando quero me esbaldo, e quando preciso me faço de vítima de uma situação”.

Vejo ao meu redor quem se contenta com o mero prazer de estar em foco, nas luzes, sem saber que este brilho pode ser momentâneo, indiferente, e, que muitas vezes, se ofusca ao deitar, onde será imprescindível compartilhar o vazio, a solidão.

Muitos não aceitam o erro, sem verificar a própria imperfeição.

27 de agosto de 2012

Pensando Alto


Disseram-me, certa vez, que ‘vingança é um prato que se come frio”.


Conversando a respeito, me questionaram: Mas para isso, você não terá que remexer no passado?

Será que vale a pena?

Tem vezes que meu pensamento fala alto, e mesmo assim, acabo o transportando ao papel.

LEGALIZE JÁ!


Quero deixar clara a minha posição, ainda de forma superficial, a respeito das drogas.

Primeiramente, acredito que viciados devem ser caso de saúde pública, e não da justiça. Estou cansado de ver principalmente crianças, jovens e adolescentes praticar o tráfico para manter o vício, ou então roubar seus parentes mais próximos, a fim de se manter nas drogas. Cheguei a presenciar meninas e meninos de 13, 14 e 15 anos se prostituírem em troca de uma pedra. Aliás, isso não é nenhuma novidade!

O prenúncio deve vir pela esfera da saúde, com tratamentos severos e eficazes, que tenham resultados, inclusive com acompanhamentos psicológicos não somente ao usuário, mas principalmente aos seus entes queridos. Aliás, para se manter ao lado dos chamados “nóias”, tem que ser entes queridos, ou então, amigos verdadeiros. Só quem ama para agüentar tanta pressão.

Sem dúvida alguma, o crack, até então, é a pior droga que existe nesta nossa humanidade. Se tiver outra, ainda desconheço. A pessoa fica pior que aidético dos anos 80, quando ainda não existia nenhum coquetel, com o corpo debilitado a ponto das seqüelas serem visíveis e aparentes. Além disso, as atitudes e o comportamento se igualam a extremos paranóicos e demoníacos, cegos sem qualquer diretriz ou senso de limites.

A grande questão é que todos pensam que o crack está distante, mas há uma ordem cronológica das drogas, onde inicia pelo álcool, tabaco, maconha, cocaína (estasy, principalmente aos amantes de festas rave) até chegar ao “the end” que é esta droga maldita. Há casos concretos que o tempo da primeira droga a última nesta cronologia não chega a seis meses, ultrapassando as etapas que mencionei. Quando a mãe, o pai, ou o responsável abrir os olhos “o leite já derramou”.


Sou a favor da legalização primeiramente por defender que todo Homem tem o direito de fazer da sua vida o que bem entender (competindo somente a ele tomar decisões e ações de seu corpo), desde que não atinja o direito do outro; segundo pela diminuição do tráfico e da violência; e finalmente por evitar o aliciamento de pessoas cada vez mais jovens.

Talvez com a legalização haja uma procura maior por drogas menos devastadoras, oriundas da natureza, como ocorrem em outros países desenvolvidos do nosso planeta. Seria menos perigoso manter uma planta no fundo do quintal, colher, enrolar o baseado ou fazer um chá e pronto. Resolvido o problema.

Para que não fique nenhuma intriga ou dúvida a respeito, quanto a mim, apesar de muitos não acreditarem, especialmente, não uso maconha, cocaína ou qualquer outra droga ilícita. Como dizia o velho Raul, “eu disse não, não, não, não; eu já parei de fumar; cansei de acordar pelo chão; muito obrigado, eu já estou calejado; não quero mais andar na contramão”.

Estou restrito ao sexo, leite com toddy e a sopa de letrinhas, três substâncias que me deixam alucinados.

23 de agosto de 2012

Sombra na Escuridão


Subestimam-se demais pensar que com ameaças anônimas farão eu voltar atrás em decisões tomadas, escolhidas, realizadas em busca dos meus sonhos, ideais e sentimentos. Pode não parecer, mas os meus objetivos pessoais, sempre foram movidos pelo amor, e com ele seguirei até o final, independente deste fim ser breve ou distante.

Telefonemas anônimos, privados ou desconhecidos são comprovações reais e indiscutíveis da covardia, substância que se mantém ao lado dos desesperados, dos fracos, dos denominados débeis.


Transmissões de recados, invasões de lugares, pneus furados e atos “aparentemente” intimidatórios jamais me desestabilizará, até porque não sou nenhum ingênuo ou inocente que pré a circunstancia desconhecia as pedras que encontraria no trajeto que percorreria.

Os dias estão fadados a encerrar esta clausura, a qual determinei e que foi necessária, paralela às mudanças de comportamento e atitudes que tive nestes últimos tempos.

Aprendi, mesmo em meio à escuridão, enxergar a sombra de quem se aproxima, analisando como e aonde adentrar, e ao olhar para o chão, através dos meus sentidos, estar convicto que somente calarão o som dos meus passos se acertarem o alvo de forma definitiva.

Aqueles que buscam o meu fim, fica uma mensagem extraída da letra SALVE, onde diz que “para os filhos da puta que querem jogar minha cabeça aos porcos, tenta a sorte. Eu acredito na palavra de um homem de pele escura, de cabelo crespo, que andava entre mendigos e leprosos, pregando a igualdade. Um homem chamado Jesus. Só Ele sabe a minha hora”.

20 de agosto de 2012

Lobas em Peles de Cordeiras


Considero a hipocrisia como um dos defeitos mais fáceis de serem corrigidos, bastando o(a) detentor(a) identificá-la em sua personalidade. Mesmo assim, existem aqueles(as) que continuam alimentando-a viva em seu ser, sem fazer qualquer auto-crítica.

Nestes dias atrás, passando por um local público, me deparei com uma pessoa, a qual prefiro omitir seu nome, por questões pessoais, do sexo feminino, onde simplesmente me ignorou, com uma atitude típica de inconformidade.

Sinceramente situações como esta não mais me assustam, ou me surpreendem, mesmo que ela tenha integrado o mesmo “clã” no passado. O que não houve por parte desta pessoa, foi à imparcialidade. Porém, esse também é um direito de qualquer um, sendo escolhas, decisões, as quais não me compete discutir.

O que mais me deixou pensativo, após este fato específico, foram algumas lembranças que vieram naturalmente na minha mente, quando esta mesma pessoa proferia, de forma enrustida e covarde, uma posição que não condiz com sua linha de comportamento atual.

Absurdo imaginar que sequer há um ano atrás, as pessoas, que hoje compõem a mesma “panela”, se digladiavam pelas costas, não se gostavam, convivendo meramente se suportando, ou por conveniência. A falsidade que existia ainda impera, fazendo destas pessoas partilhar a comida do mesmo prato.


Do fundo da minha alma, gostaria que a vida fosse como uma tela plugada num DVD, onde eu pudesse voltar e revelar aquilo que ficou escondido por trás das cortinas. Assim, quem sabe, alguns olhos pudessem enxergar melhor, separando os joios dos trigos. Isso se sobrar algum trigo!

Hoje é fácil apontar o dedo, criticar, se dizer indignada, ferida com a dor alheia, mesmo tendo tido atitudes, num passado não tão distante, semelhantes ou bem piores das realizadas por quem atualmente está sendo o alvo.

Ainda dentro deste assunto, as primeiras que se julgam indignadas são as mesmas que tentaram sem sucesso um resultado que hoje criticam, condenam. Infelizmente ou felizmente são lobas em peles de cordeiras.

Desculpe pelo desabafo, mas como disse no início, a hipocrisia é um dos defeitos mais fáceis de serem corrigidos. Basta tentar, antes que os japoneses inventem um DVD da vida real, capaz de trazer a tona cenas chocantes, incríveis e ao mesmo tempo humilhante a alguns atores ou atrizes que agora fazem parte de outra trama.

(Texto escrito originalmente em 11.05.2012)

17 de agosto de 2012

IMAGINAÇÃO


Imaginava que amigo era para todas as horas, dividindo os momentos felizes e tristes, presente em todas as jornadas, nos variados caminhos de uma estrada, independente dela ser formada por retas ou por curvas tortuosas.

Imaginava que amigo era para tentar te levantar quando você estivesse no fundo do poço, que te oferecesse uma simples palavra no instante de desespero ou de dúvida, que tivesse a sensibilidade de lhe telefonar para simplesmente saber como você estivesse.

Imaginava que amigo independesse do seu estado financeiro, do que você pudesse lhe proporcionar, àquele que não precisasse pedir, por ele simplesmente se oferecer.

Imaginava que amigo pudesse lhe dar seu ombro no momento de aflição, e não assemelha-se a covardia ou a falsidade, que não lhe apunhala-se pelas costas, até porque no antigo provérbio “não há pior inimigo que um falso amigo”.

Imaginava que amigo te procurasse não somente quando precisasse, que não te ignorasse ou deixasse de se importar com você.

Tudo isso eu imaginava.

Hoje tenho a certeza que se você tiver um só amigo, mantenha seus laços fraternos e preserve este sentimento não somente no coração, mas principalmente na alma.

Benjamin Franklin, na plena sabedoria de um conhecedor da pobre humanidade, já dizia que “um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão”.

Benjamin Franklin

Amigo não se compra, não se encontra em qualquer esquina, e sim conquista, como “um fruto que amadurece lentamente”, e o verdadeiro ficará ao seu lado, principalmente nas turbulências, se fazendo luz na escuridão da vida.

Enfim, eu imaginava que tivesse muitos amigos!

15 de agosto de 2012

SUPERSTIÇÃO


Ontem numa conversa, daquelas de final de noite, me questionaram se sou ou não supersticioso. Naturalmente respondi que não, mas confesso ter algumas manias, as quais me perseguem há alguns anos.

Procuro não deixar transparecer, mas jamais passo embaixo de escada; sempre saio pela mesma porta que entrei; chinelo virado, com a sola para cima nem pensar; após voltar de uma viagem não durmo sem arrumar a mala; beijo e faço o sinal da cruz sempre que coloco ou tiro meu cordão da Nossa Senhora; não pego o saleiro da mão de nenhuma pessoa (também não entrego); sempre visto primeiramente a meia no pé direito, antes de colocar no esquerdo; não falo palavras e frases que acredito trazer fluídos negativos; realizo a primeira oração do dia no banho, embaixo do chuveiro; e não tiro, e se possível não deixo tirar, uma música que está tocando do Raul Seixas (precisa acabar a música, o último acorde, e assim tirar o cd ou desligar o aparelho).


Apesar de tudo isso, e principalmente saber que com o tempo esse leque só aumenta, acredito não me enquadrar nesta linha, até porque, jamais bato três vezes na madeira, fugindo do azar. Isso sim é ser supersticioso!

13 de agosto de 2012

Dificuldades no AMOR


Abri o jornal “Primeira Página” e ao terminar de ler a entrevista cedida pelo Estadão do Léo Jaime falando de sua participação em “Malhação”, vejo na página ao lado a seção “horóscopo”, onde meu signo, libra, especificamente, diz com todas as letras: “No amor, dificuldades. Enfrente o problema de cabeça erguida”.

Sinceramente, a partir do que li, acabei ficando com aquela famosa “pulga atrás da orelha”. Porém, isso se manteve por apenas alguns minutos, transferindo esta sina ao esquecimento, agindo naturalmente em todos os segmentos que compõe a minha “pobre” existência.

O tempo passou, diversas coisas aconteceram, quando no final da noite, precisamente às 23 horas e 50 minutos, retornou novamente na consciência aquela lembrança astróloga que eu havia lido, com a seguinte conclusão: Não aconteceu nada que o signo havia dito.

Gostaria de saber se ainda tem gente que acredita, e também como são feitas as previsões. Veja que em alguns casos os astrólogos têm a capacidade de expor o número da sorte de cada signo. Ora, se o meu número é 22, o seu 33, e da fulana é 44, qual será o número sorteado no jogo do bicho, na mega sena, ou na simples cartela do bar?

Pense comigo: Nesta mesma seção, o signo de gêmeos, foi categórico em dizer que “hoje você vai chamar a atenção de todos com sua beleza”. Naquele momento me recordei de uma conhecida, feia pra c..., nascida no mês de junho, que não teria a mínima condição de se encaixar neste prognóstico. Para você ter uma idéia, quando esta garota nasceu, tiveram que colocar insulfilm no berço da maternidade. Será que o responsável por esta asneira, não imagina que no signo de gêmeos também tem gente ridícula?


Vou esperar a edição de amanhã do jornal, e acompanhar os próximos dez dias, ininterruptos, todas as previsões, a fim de fazer uma análise mais concreta, mesmo que falte paciência, agradecendo pelo erro de hoje.

Depois deste período, provavelmente, chegarei à conclusão idêntica dos cientistas, que defendem que “nenhum astrólogo até hoje apresentou evidências oficiais acerca da eficácia de seus métodos e resultados”.

8 de agosto de 2012

“EU NÃO VOU MUDAR”


Alguns incômodos levam o homem de 55 anos a procurar um médico, quando é constatado: “Você está com um tumor maligno na garganta, e apesar do estado avançado, precisa ser feito o tratamento. Imediatamente é necessário parar de beber e fumar”.

O sujeito que é músico há três décadas e meia, sempre manteve o mesmo estilo de vida, dentro e fora dos palcos, associado a um som inigualável e o reconhecimento do público, não somente no Brasil, mas também no exterior.

Apesar do impacto da notícia, o artista chega em casa, pega a guitarra, senta e compõe a seguinte letra musical:

“Acho que a vida faz mal a saúde; É o que me leva a crer; Até que não é difícil de se entender. Beba água e abandone a cerveja; Carne vermelha e cigarro não dá; Seja um bom cordeiro e aos cem anos chegará. Quero viver cem anos pra que?; Se tenho muito mais o que fazer; Eu não vou mudar; Não vai dar; O Tédio vai me matar”.

@br.omg

Estava feita “A Vida Faz Mal a Saúde” do álbum “Por Um Monte de Cerveja”, o qual considero o mais belo de sua discografia, e conseqüentemente a decisão de não fazer nenhum tratamento, viver os restos dos dias, do mesmo jeito que sempre viveu, de forma boêmia, bebendo, fumando, bem ao estilo Noel Rosa dos tempos modernos.

Não há como discutir uma decisão pessoal, mas confesso que fiquei bastante impressionado, com sua aparência física, principalmente do tom de sua voz, seu rosto e garganta, quando vi sua última entrevista no youtube, concedida a Lica Cecato, em junho passado, no festival Rio das Ostras, revelando que o tumor havia se alastrado de forma avassaladora em praticamente um ano.

Quando a notícia da morte chegou nesta última segunda-feira (06 de agosto), mesmo sendo esperada, logo me bateu um vazio, pois o blues, a música nacional, perdia não somente um astro, mas uma pessoa que sempre se destacou pela autenticidade, pela forma de tocar, pelo lado singular que sempre foi.

Naquele momento, me veio na cabeça o show e o contato que tive com ele, ainda em meados dos anos 90, na cidade de Bauru, quando relatou algumas passagens com Raul, Marcelo Nova, e o amor pelo blues, não somente no aspecto musical, mas principalmente comportamental.


Este foi CELSO BLUES BOY, um cara que preferiu viver de sua maneira, que por conta do destino, teve como última homenagem em vida, realizada dois dias antes de sua morte, com o lançamento oficial do livro “CANTANDO UM BLUES”, do amigo Isaac Soares de Souza, aqui mesmo em São Carlos, o qual dedicou um dos capítulos da obra a este bluesman.

Tem coisas que nem mesmo os deuses da música conseguem explicar.


Obs.: Quem desejar ouvir as últimas músicas de Celso Blues Boy, basta entrar em seu site oficial: www.celsobluesboy.com.br

6 de agosto de 2012

ESTOU VIVENDO


A vida ao mesmo tempo em que é estranha, acaba sendo simples e fácil de ser vivida, para poucos que ainda sentem ausência da esperança. Sinceramente não tenho muitas esperanças, exceto viver um dia após o outro, sem previsões ou planos.

Não ter planos significa não se decepcionar e isso além de uma defesa necessária, torna-se útil no trajeto a ser seguido, mesmo sendo alvo de críticas ou pelo rótulo de uma vida vazia. Não me importa.

Falando em caminhos, jamais consigo deixar um recém passado no esquecimento, onde marcas e cicatrizes continuam me perseguindo a cada instante, penetrando no pensamento estando vago ou na reflexão.

Ouvi dizer que “viver é uma arte”, sem sequer entender o significado real destas palavras. Realmente o conceito é muito mais complexo.


Não sou exemplo, não sou seguido, nem mesmo parâmetro, mas mantenho comigo a minha história, ainda que seja sem qualquer importância a maioria, com uma bagagem individualizada, única, muitas vezes vista como simples, outras constantes, mas autêntica.

Considero que muitas coisas que fiz ou faço jamais poderão ser comparadas a muitas histórias de vida. Conforta-me saber que a coragem supriu o medo e a covardia, independente de ter sido avaliada como certo ou errado.

Apesar de não ser a vontade de muitos, simplesmente estou vivendo e isso faz parte da realidade, independente se me amam ou me odeiam, ou ainda pela ausência de planos ou sonhos. Estou vivendo!