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1 de dezembro de 2012

Missão Cumprida


Quero agradecer, imensamente, a todos que acompanharam neste ano de 2012, este blog “In’Controle Total”.

Conforme declarei no depoimento anterior, foram exatos 100 post, centenas de comentários, debates dos mais variados assuntos, concordâncias e discordâncias que fez com que, muitas vezes, a mente fluísse a reflexão.

Sem qualquer distinção, agradeço os elogios, críticas, sugestões, participações diretas e indiretas de todos que ajudaram a manter vivo este espaço virtual, onde consegui expor pensamentos, sentimentos, enfim, um pouco (ou muito) de mim.

Foi uma experiência inigualável e surpreendente.

Valeu mesmo.

Obrigado!

23 de novembro de 2012

Post Número 100


“Nossa, você já escreveu 100 textos no blog”, indagou um amigo, alertando que o próximo, ou melhor, este, seria o centésimo post que integra o “In’Controle Total”. Sinceramente nem mesmo eu tinha esta percepção, ou seja, de quantas coisas abordei no transcorrer destes meses, e deste ser o post número cem.

Na verdade ser o número 100 é apenas ser mais um número. O que isso significa se compararmos aos mil e tantos gols do Pelé; aos “clientes” da Bruna Surfistinha, ou até mesmo a idade do Oscar Niemeyer? Não significa nada!


Mesmo assim, fiz uma breve análise, voltando lá atrás, e conclui:

Falei sobre sentimentos que vêem desde a dor aos momentos felizes, já que não acredito em felicidade, conforme mencionado em outras oportunidades.

Falei de música em seus mais variados segmentos, desde o samba, passando pelo chamado “brega-music”, e logicamente ao rock’n roll, onde muitos, desde o início, acreditavam que seria este o único e exclusivo tópico deste espaço virtual.

Falei sobre os pensamentos mais profundos até o mais simples possíveis, ou seja, os lógicos.

Falei sobre as decepções pessoais, com atenuante de não me estender, sendo orientado, por diversas vezes, a excluir alguns tópicos, a fim de não ficar cansativo ou impiedoso demais.

Falei a respeito das realizações e dos sonhos, ou melhor, da falta deles, tentando manter uma linha de sensatez, a qual em alguns instantes, foi desviada pelas inconstâncias.

Resumidamente, se você for analisar, de forma coerente e imparcial, como diria um ditado popular, “falei mais que o homem da cobra”; devendo assim, pensar, a partir de agora, na possibilidade de ficar calado.

16 de novembro de 2012

Muralhas da Solidão


Ele já foi um dos maiores artistas da MPB, mas hoje vive sozinho, esquecido, distante de qualquer sucesso, em sua simples residência no Estado de Goiás. Não estou falando de nenhum astro sertanejo, e sim de um cantor que na década de 70 estourou com as músicas “Você é Doida Demais” (trilha do seriado “Os Normais”, regravada recentemente), “Camas Separadas”, “Cabecinha no Ombro”, entre outros hits.

No auge da carreira, aclamado com Discos de Ouro, Platina e inclusive um Grammy, casou-se com a também cantora Eliane de Grammont, pouco conhecida na mídia, exigindo que ela deixasse o glamour artístico e se dedicasse ao lar e a filha recém-nascida. Ciúmes, alcoolismo e brigas foram responsáveis pelo fim do casamento, que durou aproximadamente um ano.

Logo após a separação, Eliane retoma timidamente sua trajetória musical, grava “Amélia de Você”, que por si só exprime sua vivência conjugal anterior, e se apaixona pelo primo de seu ex-marido, que também era músico, com quem inicia um relacionamento.

Na madrugada do dia 30 de março de 1981, Eliane de Grammont e seu novo namorado – Carlos Randall, estavam se apresentando no “Café Belle Époque”, no centro de São Paulo, cantando precisamente os versos “agora era fatal que o faz de conta terminasse assim”, de Chico Buarque, quando seu ex-marido entra e dispara cinco tiros em suas costas e um tiro no abdômen do namorado.

O primo sobreviveu, mas sua ex-mulher faleceu no local. O crime chocou o Brasil.

A filha, Liliane de Grammont, foi criada pelas duas tias (irmãs de Eliane), enquanto o pai cumpria pena em regime fechado. Na cadeia o cantor ainda lançou o disco “Muralhas da Solidão”, ganhando a liberdade em 1996, tendo ficado 7 anos preso, e o restante no semi-aberto.

Após o cumprimento da pena, Liliane procurou o pai, perdoando-o pela tragédia cometida contra sua própria mãe em 1981, num ato pouco aceitável pela maioria das pessoas. O cantor, hoje auto-refugiado no seu próprio lar, quando questionado a respeito do crime declara: “Eu carrego comigo um sentimento de culpa enorme. Não é apenas arrependimento. Cometi o crime, independente do meu querer ou não querer. Não sei como explicar aquilo. Hoje, sempre que posso, peço perdão a minha filha e a família Grammont”.

Realmente parece uma história inventada, aquela que chamaríamos de “estória” com “E” maiúsculo, sinopse pronta para qualquer filme de sucesso, mas foi à pura realidade de Lindomar Castilho, um dos maiores seresteiros do país, tendo sido intitulado como o “Rei do Bolero”, que matou sua ex-mulher, que foi condenado, cumpriu sua pena, e que pelo resto de seus dias terá este capítulo como tema principal em sua história, mancha que encobrirá qualquer música de sucesso que fez parte do passado.


Sinceramente, sempre que me recordo deste fato, questões surgem comigo, tentando compreender o incompreensível.

11 de novembro de 2012

Grande Chico, o famoso Português


Toda vez que um amigo “parte para fora do combinado”, como diz Rolando Boldrim, me vem um filme na cabeça de tudo que vivemos, passamos juntos, e esta semana não foi diferente, com a morte do “grande” Chico (mais conhecido como “Português”, Francisco Ferreira).

Desde quando o conheci em 1991, na redação do Jornal 1ª Página, onde trabalhávamos, sua personalidade, carisma e características sempre foram às mesmas, intactas, independente do que estava passando, dos problemas, das tristezas, das alegrias.

As noites que passamos nos karaokês, onde se orgulhava em cantar “sem microfone”, tamanha potência vocal, clássicos como “Mia Gioconda”, “Boemia” de Nelson Gonçalves, sucessos de Amália Rodrigues, entre dezenas de outras músicas, que lhe deixava orgulhoso por serem pedidas pelos frequentadores das mesas ao lado, envolto aos “tragos” da cachaça canelinha, sua preferida, antes de se abster ao álcool.

Surreais também eram os churrascos idealizados pelo Chico, principalmente em meados da década de 90, quando chegava num Opala 8 cilindros, onde saiam do seu interior cerca de oito pessoas, certamente pela dificuldade em não saber negar aqueles que mesmo sem carro queriam estar presentes, compartilhar a festa.

Ao lado de outro amigo, fundamos, naquela época, um jornal chamado “Mundo Mídia”, atingindo toda região, onde adentrávamos as madrugadas na diagramação das edições, degustando o famoso “feijão gordo”, o qual ele tinha orgulho em preparar.

Não esqueço das “Exposições” quando criava agendas, livros, crachás, enfim, tudo com imagens de Raul Seixas, normalmente produtos a serem vendidos, mas sempre doados por ele mesmo aos menos favorecidos, ou aquelas que tinham boa aparência, revelando sempre seu lado conquistador.

Algumas das inúmeras passagens deste que tinha um coração imenso, e uma alma pronta para ajudar.

O último encontro com ele foi há duas semanas, quando pediu para lhe telefonar, a fim de marcarmos um encontro para conversarmos, e antes de partir, com aquele “ar” protetor, soltou: “Você não tem motivo para ficar sumido. Estou com você sempre. Me liga”.


Chico era um “cara único”, que fazia questão de me beijar, quando nos encontrávamos, sempre com a promessa de dedicar a música “Pai” de Fábio Jr na próxima vez que fossemos num destes karaokês da vida, e que deixará muita saudade, não somente no meu coração, mas em todos aqueles que tiveram o privilégio de dividir sua amizade, sua companhia.

Foi um dos poucos que a vida me deu oportunidade de escolher como irmão.

Valeu Velho, Valeu!

8 de novembro de 2012

Coisas que não entendo


Por que no Brasil o voto é obrigatório? Não vivemos numa democracia? Mas, que democracia é esta que você é obrigado a votar?

Por que você coloca um crédito no seu celular pré-pago e fica obrigado a usufruir deste crédito no período que a operadora determinar? Você não comprou? Não seria justo você usá-lo quando quisesse? Por essas e outras que podemos julgar excelente o nosso Código de Defesa do Consumidor. Você não acha?

Por que as agências bancárias abrem somente às 11 horas da manhã? Todos nós sabemos que o horário comercial é das 8 as 18 horas, enquanto os Bancos ficam disponíveis a população por apenas 5 horas diárias. Você pode explicar a razão disso?

Por que qualquer trabalhador dispõe de 30 dias de férias, enquanto os nossos governantes além das férias, se beneficiam de recessos no meio do ano?

Por que o criminoso no nosso país é condenado a 30 anos de cadeia e não cumpre nem metade da pena? Não seria mais fácil condená-lo a 5 ou 10 anos, e pronto?

Esta é uma que me persegue há anos: O cantor Ney Matogrosso já afirmou que teve um relacionamento amoroso com o Cazuza, que faleceu vítima da AIDS. Após o Cazuza, ele teve outro namorado que também morreu de AIDS. Publicamente Ney afirmou que com os dois ele não usou preservativo nas relações sexuais. Mas não dizem que o vírus HIV é transmitido no sexo sem proteção? Então, por que o Ney Matogrosso, mesmo depois de 20 anos não é soro positivo? Questionado, nem ele soube responder.


Finalizando, aquela clássica: Por que tudo junto se escreve separado, e separado se escreve junto? Nem o professor Pasquale decifra!

Poderia usar de longas linhas para todas as outras indagações que tenho comigo, mas me preservo no direito de ficar calado, senão posso “fundir a cuca”.

5 de novembro de 2012

"Asilo ao Paraguai"


A polêmica da semana passada que envolveu o cantor sertanejo Leonardo e o “rockeiro” Supla, me fez refletir a respeito de um ponto crucial da discussão.

Revoltado por Supla declarar, no programa Ídolos da TV Record, o qual é jurado, “não agüentar mais tanto ‘SERTANOJO’”, Leonardo contra-atacou, dizendo que o mesmo ofendeu seu movimento, e que ao invés dele ficar desferindo o termo “sertanojo” num contexto pejorativo, deveria se importar com o rock, que há tempos não dispõe de qualidade no Brasil.

Superficialmente, na minha modesta opinião, tanto um, quanto o outro, tem suas razões.


Apesar de não ser um admirador do estilo musical, como todos sabem, Leonardo bateu numa tecla que lhe deu toda razão.

Por outro lado, Supla, o qual também não tenho nenhuma afeição pelo seu trabalho musical, onde sequer vejo em qual tentáculo do rock se enquadra, tem o direito de se expressar como quiser, até porque vivemos num país, aparentemente com direito de liberdade de expressão. Ou não é?

Tenho que concordar que pelo menos nos últimos dez anos, o rock brasileiro não apresentou nada e ninguém de expressão, atitude e excelência, que pudesse desmentir a afirmação de Leonardo, enquanto do outro lado do muro, nesta última década, surgiram a “simpática” e “gentil” Paula Fernandes, a dupla de “modelos” Victor e Léo e o “superman” Luan Santana, entre outros.

Sinceramente! Jamais imaginaria que a realidade chegaria a este ponto, e ainda ter que reconhecer publicamente o caos que se encontra o rock no país é como fechar o caixão da cultura musical.

Deste jeito “como é tudo a mesma merda”, não tendo outro jeito, “antes que chegue a vida eterna”, não me resta outra saída, senão “pedir asilo ao Paraguai”.

“Socorro”!

31 de outubro de 2012

Não Sou O Que Querem


Precipita-se aquele que julga sem ouvir as duas versões, por conveniência, maldade, ou simplesmente por tomar parte de uma linha. Não ficar de fora.

O sarcasmo e a ironia que existem dentro de mim estão cada vez mais aflorados, com um detalhe simples: prefiro deixá-las inertes, guardados. Não me preocupo em me manifestar, preferindo ouvir, colher, armazenar.

Longe da perfeição, mas tentando chegar às suas margens, medindo cada ato, pensamento, desejo, frase, guiado pelo provérbio chinês onde “há três coisas que não voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”.

Disseram-me que é fácil perdoar, mas se esqueceram de me apontar como excluir o rancor, a mágoa e a ingratidão que presenciei, as quais compõem o meu interior. Aliás, quem disse que gosto do caminho mais fácil? As curvas, os obstáculos, as lombadas, os percalços sempre foram elementos que integraram a minha estrada.


A covardia que vejo nas pessoas não está propriamente revelada em suas faces, mas nas atitudes, ou melhor, na falta, reunindo no seu âmago o arrependimento e a inveja, jamais reconhecidas, exceto quando instigam, provocam a própria consciência.

Absurdos e mentiras são lançadas, de forma descabida, sem qualquer chance de defesa, como uma ditadura silenciosa, onde o opositor tem direito apenas ao silêncio, a aceitação, mesmo sendo inaceitável.

Não sou aquele que querem que eu seja. Não sou mandado, monitorado, ordenado, e um dos meus privilégios está na sensibilidade do equilíbrio, sabendo que apesar dos desejos, esta balança jamais se desmoronará.

26 de outubro de 2012

"ME AJUDA AÍ!"


Quero ver “peixes” morrendo pela boca, dobrando sua prepotência e colocando-a embaixo do braço, falando baixinho para não incomodar o ambiente. Se ainda tiver ambiente.

Estou cansado de “porcos chauvinistas”, se auto-intitulando de heróis, quando suas medalhas não servem sequer para limpar os mais podres chiqueiros, quanto mais suas mansões, seus decorados apartamentos luxuosos em coberturas, as quais ainda desejo que continuem intactos frente as tempestades.

Sinceramente me revolta ver “tumores” se portando como “remédios”; “safadas” que se pintam de “puritanas”; aqueles bons “samaritanos” que não passam de “crápulas”, com tantos adeptos perniciosos a sua volta, como abutres em carnes podres.

@zaroio


Tem dias que tudo passa despercebido, mas tem ocasiões que a realidade fere, revolta, torna-se inaceitável.

Hoje é um dia desses!

24 de outubro de 2012

Formação de “Belo” Caráter


“Moça, me dá um trocado”, clama o menino na frente da padaria para uma destas chamadas “piriguetes”, aparentando uns 20 anos de idade, que sequer lhe dá atenção, quanto mais uma mísera moeda.

Muitas vezes situações como esta me traz um desconforto que acaba me perseguindo o dia todo, e por mais que tento refletir, respostas não põem fim as minhas indagações.

O mundo se tornou individualista, sendo que a tendência é piorar com o tempo, com as próximas gerações.

@INQUIETUDE

Defendo uma tese que egoísmo, egocentrismo, ganância e a ausência de solidariedade, são elementos que surgem nas escolas e no ambiente familiar, ainda na formação do jovem.

Há algum tempo, a educação chamada de “qualidade”, do poder privado, preza pela disputa entre os alunos, precisando um ser melhor que o outro, alcançar o topo mais alto, independente da forma que percorreram os caminhos, importando única e exclusivamente o resultado.

Já os pais demonstram que o ápice é o dinheiro, o poder, é você ser melhor por ter a melhor casa, o melhor carro, os bens que estão acima das pessoas, exemplos que eles mesmos praticam e defendem socialmente, reflexos da formação do caráter de seus filhos no futuro.

Quantas vezes pessoas de classes mais privilegiadas levaram seus filhos em festas filantrópicas, na entrega de agasalhos, ou, num simples almoço aos menos favorecidos? Nunca, pois é preferível tapar os olhos para a pobreza, uma realidade, que mesmo sabendo que existe é desconhecida na prática.

Por esta razão que não culpo e nem condeno a “piriguete”, citada no início deste depoimento, até porque o que lhe importa é a balada no final da noite, as mensagens do computador ou do celular, a roupa a ser comprada, e ainda com quem ela vai “trepar” no fim da festa, mas jamais a provável necessidade do “pivete” na porta da padaria.

Seus pais ensinaram e a formaram assim, com a certeza que infelizmente as “manadas”, frutos da sua atual “galera”, serão ainda maiores daqui a 10 ou 15 anos, um retrato que prefiro isentar meus olhos de verem.

22 de outubro de 2012

Sem Rótulo


Passando rapidamente pelo saguão principal de entrada do SESC, nesta semana, um detalhe me chamou atenção: Havia várias pessoas comprando ingressos para o show do Almir Sater, que acontecerá no próximo dia 31 de outubro, às 20:00 horas, no Ginásio de Eventos. O detalhe era a diferença individual, reunindo jovens, idosos, universitários, rockeiros, sertanejos, entre outros.


Horas depois, já em casa, no balanço da rede, refletindo comigo mesmo, imaginei como seria gratificante para um artista, ainda mais no Brasil, misturar públicos em seus shows, não ser rotulado por um ou outro ritmo musical. Desta minoria, bastante minúscula, estão Zé Geraldo, Zeca Baleiro, o trovador Ramalho, e o próprio Sater, na minha modesta visão.

Não sou adepto a vários estilos musicais, mas reconheço que todos, mesmo eu detestando, possuem em seus segmentos artistas de qualidade, competentes, que sabem desempenhar seu dom, o seu trabalho.

Tem como discutir a qualidade de Tom Jobim ou mesmo de Vinícius de Moraes, quando falamos de “bosta” nova? Paulinho da Viola, Cartola, Noel e até mesmo das novas gerações como Diogo Nogueira, também são incontestáveis, quando o assunto é samba. Vendendo o meu peixe, Raul Seixas, Nasi, Frejat, Mr. Marceleza parecem que já nasceram com o sangue do rock correndo em suas veias.

A diferença é que existem artistas que em cima do palco vê no público a miscelânea de todos estes movimentos reunidos, bastando olhar para baixo, “fazer a inversão; bater uma luz na platéia”, como dizia um certo “maluco” baiano.

Gostando ou não, esta é uma realidade para poucos!

16 de outubro de 2012

Des’Prazer em Conhecê-lo!


Você conhece alguém assim?

Uma pessoa que detesta ser contrariada, e mesmo você tendo certeza que está errada, insiste em impor as demais pessoas que ela tem razão.

Tendo ou não carisma, tenta ser aceita socialmente, seja por benefícios ou por obrigatoriedade alheia.

Aquele(a) que jamais reconhece a necessidade de tratamento, imputando na outra pessoa o problema que nela se encontra.

A dissimulação está sempre ao seu lado, ou seja, repassa situações e atitudes inversas do ocorrido, talvez para sentirem piedade, mágoa ou compartilharem com ele(a) a mesma dor.

Demonstra que suas intenções são boas, chegando a proteger excessivamente os que estão ao seu lado, e suas atitudes são sempre bem intencionadas.

Condena o comportamento do(a) outro(a), mas acaba, por trás das cortinas sociais, fazendo a mesma coisa, ou pior que aquele que não se esconde e é criticado.

Mesmo sendo punido(a) ou prejudicado(a), não muda, jamais, pois se julga certo(a), independente do que tenha ocorrido.

Ele consegue ter o mesmo sentimento de amor pela esposa como tem pelos seus bens (casa, carro, dinheiro), sendo que muitos colocam o patrimônio acima do cônjuge ou filho(s).

A fluência verbal de convencimento é extrema e às vezes invejada, e para alcançar seus objetivos mentem, inventam, trapaceiam e abusam, sem piedade.

Você errou acreditando que estou retratando os políticos!


As características comportamentais que apresentei são elementos típicos de psicopatas, colhidos de forma simples de algumas obras e artigos lidos, neste último mês.

Um dos mestres no assunto, Dr. Robert Hare, explica: “Eles andam pela sociedade, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis. Se você perguntar para um psicopata porque ele ‘ama’ sua mulher ele lhe dará respostas concretas, tais como ‘porque ela é bonita’, ou ‘porque ela está lá sempre que preciso’. Identificar o psicopata não é tarefa das mais fáceis”, concluiu.

Se você conhece ou identificou em alguém estas características, tenha muito cuidado, pois o olhar da bondade nem sempre é o que verdadeiramente exprime a alma. Você pode ser mais um(a) que está sendo manipulado(a) por este tipo de pessoas.

(Fontes: Mentes Perigosas, Ana Beatriz Barbosa Silva; Psicopatia e Sociopatia, Robert Hare).

12 de outubro de 2012

"SÓ AGORA"


Dentre alguns clipes recentes, este não poderia ficar de fora do blog, até porque é bastante pessoal envolvendo duas pessoas, as quais amo muito.

Como sempre digo, a música fala mais que qualquer palavra.


10 de outubro de 2012

"De Par em Par"


As noites estão cada vez mais longas, onde os meus olhos insistem em não fechar. Tento me desvencilhar das drogas prescritas, que fazem me sentir melhor, mas a dependência é algo estranho e ao mesmo tempo assustador.

Ontem no hospital me aplicaram um soro, por praticamente 30 minutos, onde a agilidade fez minha veia estourar, apesar de ter sido suficiente para cessar as dores da insistente flebite, nervo ciático, inflamações de tendões, e outros percalços que somente pré-idosos possuem, naturais à idade, ao peso, a forma de portar, sendo acordado ou dormindo.


Tenho por hábito visitar farmácias, acompanhado ou não de receitas, e nunca pude compreender como um simples “remedinho” pode custar cerca de 50 centavos. Não vejo que um produto que tem seu valor abaixo de um real poderá me fazer melhor. Além disso, sabemos que o laboratório, o transporte, os impostos e a farmácia já lucraram até chegar em minhas mãos, ou melhor, no meu corpo.

Freqüentemente adquiro estes denominados “salva-vidas”, por menos de um real, que percorrerá o meu sangue por aproximadamente 8 horas, tentando cortar a dor. Chego a pensar que os médicos fazem alguns prognósticos como sendo psicológicos. Só pode ser!

Por outro lado, não vejo alternativas, acatando as receitas, além das orientações dos profissionais da importante área da saúde, no intuito de alcançar o objetivo, um tanto quanto almejado.

Fiquei horrorizado com as numerosas bulas e comprimidos que completam meu criado mudo, e percebi que eles dispõem do meu tempo, com horas marcadas a serem ingeridos, os que me causou um frisson misturado à revolta instantânea.

In'felizmente, tornei-me um homem químico. Que seja por enquanto!

Agora vou ingerir um “Michael Jackson” para meus dias não se tornarem “de par em par, procurando agulha num palheiro”, e assim “tentar dormir, quase em paz”!

8 de outubro de 2012

“Chamem o Síndico”


Chegou ao fim às eleições municipais, onde não há segundo turno, mas na minha memória permanece o absurdo da grande maioria dos candidatos a vereador, onde 90% deles sequer demonstraram saber a verdadeira função junto ao legislativo, diante tantas promessas que vi e ouvi na propaganda eleitoral gratuita.

Foi possível fazer um trocadilho com alguns que concorreram ao cargo máximo buscando uma cadeira na Câmara Municipal da cidade de São Carlos.


O povo preocupado com a diabete deixou de votar no CHOCOLATE (171 votos).
Prezaram pela forma física, pela dieta alimentar, excluindo as chances dos candidatos MACARRÃO (103 votos), e JULIÃO DO LANCHE (247 votos).
Os fiéis preferiram rezar que apertar na urna o número do PASTOR CLEITON (197 votos).
Talvez tiveram receio de ver suas residências no chão, e sequer confiaram no projeto do XISTO DEMOLIDOR (23 votos).
Na situação atual que vive a equipe, sem chances para o MARCINHO PALMEIRENSE (248 votos).
O povo foi nacionalista, e esperto outra vez, não elegendo o JAPONÊS (202 votos).
A grande maioria, mesmo não sendo medrosa, nem covarde (ao contrário de muitos que conheço), deixaram de consagrar o VALENTE (416 votos).
Diante da modernidade, da globalização, coitado do MILTON CARTEIRO (62 votos).
Impressionou a impiedade do eleitor, não sendo GENTIL (217 votos).
Sabendo que bebês e crianças não votam, o que esperava o TETE? (540 votos)
Finalizando a apuração, a maioria maciça prefere ficar vivo, e quem se f... foi o FELIPE DA FUNERÁRIA (75 votos).

O mais ridículo foi que os 12 candidatos que citei, unindo todos, conseguiram juntos 2501 votos, que não chega a 60% do vereador mais votado na cidade, que atingiu sozinho 5587 votos.

Quem sabe, após os resultados, estes mesmos candidatos não pensam em se candidatarem a síndico de prédio, até porque as chances são favoráveis, já que não temos entre nós o grande e velho TIM MAIA, o eterno síndico da música popular brasileira.

4 de outubro de 2012

"DIAS INCERTOS"


Era uma terça feira, no ano de 1997, bem na hora do almoço, estendido na cama, deprimido, quando ouço na televisão, precisamente no canal CNT, uma banda cantando os primeiros versos: “As vezes ando tão fudido; Quebrado na falta de grana; Nervoso numas de horror. As vezes ando tão fudido; Travado sem saber onde ir; Carente sem ter amor”. Não tive como ficar inerte, até que ao chegar à sala, constatei que era o “Blindagem”, de volta a cena, com o trabalho “Dias Incertos”.

Depois de tanto tempo ouvir novamente a voz penetrante de Ivo Rodrigues, era o que faltava, para abrir novos horizontes na minha consciência.


Às vezes questiono comigo mesmo: “Como uma música, um som, pode mudar a vida de uma pessoa?” Estava naquela ampola o tratamento que necessitava.

A partir dali, mantive contato freqüente principalmente com Ivo (vocalista), Paulo (guitarrista), e Juk (baixista), onde inclusive, ao lado do “velho” Isaac Soares, realizamos vários especiais em algumas estações de rádios de São Carlos, reportagens em jornais, expandindo a divulgação do Blindagem, considerada o principal expoente do rock no Paraná, que alcançou todo o Brasil.

Os anos passaram, até que em 2009 agravaram os problemas de saúde do vocalista. Lembro-me da última conversa que tive com ele, pelo telefone, onde às vésperas de um transplante de fígado, confessou: “Bebi tanto que o fígado não agüentou. Se eu fosse você, pra garantir, já entraria na fila”. O lado brincalhão era a principal marca de sua personalidade.

IVO RODRIGUES

A voz do Blindagem, como era chamado carinhosamente pelos fãs, foi vencido pelo câncer, e em abril de 2010 deixou o microfone mudo e o legado de dever cumprido com a cultura musical.

Quando recebi a notícia, ainda que esperada, fiquei anestesiado, relembrando o passado, as conversas, as cartas que trocávamos quando ainda não existia Internet, os álbuns autógrafos, num tom de uma lembrança que jamais esquecerei.

A emoção foi ainda maior, quando sem nenhuma vergonha sentimental, chorei ao ver o vídeo (abaixo) que fizeram em sua homenagem, e a forma que os amigos, a família e o povo paranaense se despediu deste artista impar do rock nacional.


Valeu Ivo, Saudades!

2 de outubro de 2012

“Inverno no Meu Coração”


“Cansativo, intenso, compensador”. Estas três palavras resumem a minha estadia em São Paulo por quase dois dias, onde o objetivo seria tomar algumas “vitaminas” em bares da zona norte, reencontrar alguns amigos, e ainda curtir um tributo ao mestre Raul Seixas.

Logo que desembarquei, constatei que o metrô estação Tietê estava repleto de torcedores do Santos, uniformizados em branco e preto, com destaque da figura do peixe, símbolo do clube. São Paulo continua da mesma forma, onde as agremiações sejam ligadas ao esporte, ao estilo musical, ou qualquer outro movimento, se torna nítido em cada esquina.

Assim que cheguei em Santana, avistei alguns amigos raulseixistas, que me fizeram relembrar a cena anterior da estação Tietê, pois de forma diferente, todos também estavam vestidos praticamente do mesmo jeito, ou seja, calças jeans, camisetas pretas do “maluco-beleza” em diversas estampas, num mesmo estilo. Pensei: Encontrei a minha tribo.


A primeira noite foi bastante tranqüila, onde nos reunimos por algumas horas numa mesa de um boteco, pequeno, não tão limpo, mas acolhedor, ao som de rock’n roll, até chegar o cansaço. Fiquei fora do “vira-vira” de cachaças, vendo que algumas garotas completaram a roda com piercing’s, tatuagens e um ar livre e autêntico, comportamentos femininos marcantes da capital. “Porra, não pensei que elas fossem assim”, completou Junior, revelando sua surpresa, finalizando a conversa.

Dormi menos de três horas, e continuei o “tour”, visitando outros amigos, buscando alguns materiais, entre várias conversas, até que Carlos Bigode insistiu na famosa “maria-mole”, que acabou nos deixando “pré-embriagados”.

Já no fim da tarde encaramos quase 2 horas de trânsito, até avistar o Municipal, prédio do Banespão, Anhangabaú, Praça São Bento, e outras arquiteturas próprias da metrópole.

“Quem diria que eu já morei nesta p...”, pensei alto.


Curti o tributo, bebi outras vitaminas, reencontrei pessoas que há tempos não via, passando o tempo num piscar de olhos, até que me vi novamente na estrada, plena madrugada, de volta a São Carlos. Foi como um click nos dedos, com a promessa de voltar mais vezes.

Aliás, SAMPA se não fosse o trânsito, a violência, o clima, a turbulência, a distância homérica de um local ao outro, a “muvuca” de pessoas, as imensas filas para “descolar” um simples palito de dente na padaria, as “tretas”, como dizem os próprios paulistanos, certamente seria um bom lugar para se viver.

Quem sabe, daqui uns cinco anos, eu retorno!

24 de setembro de 2012

“Bebida é Água! Comida é Pasto!”


Com o passar do tempo, cheguei à conclusão que comer, ou seja, me alimentar (para ficar mais evidente e sem segundas intenções nas cabecinhas férteis e maldosas) não é um dos meus prazeres preferidos.

Deus que me perdoe por esta declaração, e que Ele não me castigue. Aliás, como diz a “gordinha” Mariana, “Deus não castiga, e sim ensina”. Aprendemos no dia a dia, inclusive com quem menos esperamos. Sábia definição de uma garota de apenas 12 anos.

Voltando ao assunto, eu acho uma perda de tempo ficar naquele ritual “garfo-boca”, “corte-faca”, apenas para manter o corpo, a saúde, a necessidade, independentemente do prazer. Poderia ser diferente, ou seja, com apenas um comprimido ingerido seria suficiente para satisfazer as nossas necessidades básicas. Acredito que deve ser assim com o astronauta. Não vejo o cara dentro de um foguete, comendo uma rabada com mandioca e tomando guaraná Dolly. Imaginou?

Fico pensando que nós poderíamos ser iguais aos camelos. Faríamos uma só refeição e agüentaríamos quinze dias numa boa, e ainda andaríamos quinhentos quilômetros sem reclamar. Isto que é resistência.

Normalmente freqüento os restaurantes por quilo, e fico analisando. Podem me chamar de maluco, mas vejo como sendo surreal a cena das pessoas sentadas, praticamente da mesma forma, e com a mesma finalidade. Como se fossemos um rebanho frente à ração.


Nestes restaurantes “bandejões” fiz as seguintes análises:

O(a) gordo(a) sempre tem, por menor que seja o pedaço, algum tipo de massa ou de fritura em seu prato, exceto quando resolve “encher o saco” e dizer que está de regime. Aqueles regimes que só são feitos na frente das outras pessoas, ou com o prazo de 48 horas de duração.

Normalmente quem não pede nada para beber tem um corpo normal ou magro.

Aqueles que enchem o prato, que grosseiramente são denominamos como ”pedreiros”, dificilmente se importam com a variedade, tendo sempre o arroz e o feijão como menu principal.

E finalmente você não verá um(a) velhinho(a), mesmo que esteja “capenga” com um prato imenso. Praticamente impossível!

Vendo estas peculiaridades concluo que sou, ao lado do meu primo Ivanildo, o inverso da grande maioria, que tem na comida um de seus prazeres favoritos.

20 de setembro de 2012

“Ultraje” em São Carlos.


Ao lado de bandas como IRA!, Camisa de Vênus, e Barão Vermelho, Ultraje a Rigor está entre as que mais fizeram minha cabeça na década de 80, no chamado movimento “Rock Brasil”, que revelou dezenas de rockeiros no mercado musical. Alguns sobreviveram, outros sumiram, muitos morreram.

Recordo-me quando entrevistaram Raul Seixas, meses antes dele falecer, em 1989, provocando-o sobre o que havia de melhor no país em matéria de rock, onde ele disparou: “Gosto daquele menino que canta Inútil”, tirando gargalhadas de todos que estavam no estúdio da Rádio Cidade FM, de São Paulo. Pior que guardo esta fita cassete até hoje no meu acervo.

Duas cenas em São Carlos foram inesquecíveis, quando lembro da banda.

A primeira foi quando tive o prazer de conhecer Roger e Leôspa, nos anos 90, num show numa casa noturna, já extinta em São Carlos, onde o destaque era “Volta Comigo”, a qual considero um hit que jamais deveria ficar fora do repertório de shows. Todos integrantes nos receberam e conversamos no camarim, principalmente sobre a maciça onda de homenagens a Raul Seixas, que existia na época.


Já a segunda ocorreu no início dos anos 2000, numa noite que não estava marcado nenhum show, mas por cargas do destino, Roger que estava hospedado no Hotel Caiçara, região central da cidade, andou um quarteirão e meio, sentou-se sozinho numa mesa na calçada da famosa lanchonete “Rola Papo”, pediu um lanche – X-Salada, uma coca-cola, e após a saudável refeição, retornou ao hotel, numa simplicidade típica de sua personalidade. Quase ninguém notou a presença do vocalista num dos principais “points” da cidade. Pensei comigo: “Tinha que ser neste reduto de sertanejos para acontecer este tipo de coisa”.

Memórias à parte, hoje a banda se destaca diariamente no programa “Agora é Tarde”, da Band, com apresentação de Danilo Gentili e sua trupe, e por acabar de lançar o álbum “Cara a Cara” em parceria com os “Raimundos”, trabalho de grande aceitação tanto do público quanto da crítica.

No próximo sábado (22.09), a partir das 20 horas, poderemos presenciar clássicos como a própria “Inútil”, “Sexo”, “Filha da Puta”, “Ciúme”, entre outras, que estarão no repertório do show que os "meninos" Roger, Mingau, Bacalhau e Marcos Kleine, integrantes do  Ultraje, farão no SESC São Carlos, numa releitura própria e autêntica, comemorando os 30 anos de estrada e histórias. Haja histórias!

17 de setembro de 2012

Projeto “Desencalhando as Solteironas”


Atenção:

Você mulher, solteira, acima de trinta anos de idade, loira, morena, negra, mestiça, oriental, cigana, índia, de estatura alta, média, baixa, ou mesmo anã. A única exigência é ser solteira!

Você que joga pedra no avião na esperança do piloto ou de algum passageiro cair no seu colo. Os seus problemas podem estar no fim. Foi criado um projeto para dar férias ao Santo Antonio, que por séculos e séculos exerce sua função sem trégua e descanso.

Em breve será realizada a 1ª Convenção de Homens Bem Sucedidos, Solteiros e Fiéis. Oportunidade única de você “desencalhar”. Pode acreditar.

As inscrições poderão ser feitas pelo site, e o valor será irrisório, diante da grande possibilidade de você desencantar para o amor, sem contar com o jantar a luz de velas e uma “carona”, no fim da celebração, certamente num destes carrões importados, dos mais variados tipos e modelos.

Apesar do cartaz de divulgação (abaixo) conter apenas os dez que mais se destacaram na seletiva, o evento contará com cerca de cem participantes masculinos desta natureza, razão pela qual você não poderá sair dizendo que falta homem na praça. Será uma injustiça ou pura incompetência de sua parte.

Diante do número considerável de mulheres solteironas e desesperadas, recomenda-se realizar reservas em salões de beleza, e preparar o figurino com antecedência.

Informações detalhadas em breve serão vinculadas na imprensa, com a certeza que mesmo que a disputa seja acirrada, como prevêem os organizadores, prevalecerá aquelas que melhores estiverem preparadas.

Boa sorte!



13 de setembro de 2012

“Colegas”, O Filme


Em breve será exibido nos cinemas de todo país, o filme “COLEGAS”, uma produção nacional, que reúne humor, aventura, ação, e muita emoção.

Na minha modesta opinião, trata-se de um das mais belas produções cinematográficas do Brasil nos últimos anos, com uma grande diferença dos demais, pois retrata a inclusão social de pessoas especiais, de uma forma natural.

A história é envolvente, onde três amigos com Síndrome de Down apaixonados por cinema, após assistirem “Thelma & Louise” decidem fazer o mesmo, roubando o carro do jardineiro (Lima Duarte) e fogem do Insituto, onde vivem, em busca dos seus sonhos, até serem considerados os fugitivos mais procurados do país, numa aventura que prende o telespectador do início ao fim da trama.

40ª Edição do Festival de Cinema de Gramado.

O diretor Marcelo Galvão, aqui próximo, precisamente de Campinas, confessou: “Quando nós éramos crianças, tínhamos um tio, que era muito divertido. Nós morávamos no Rio e vínhamos com ele passar as férias aqui em Campinas. A idéia surgiu deste meu tio, que também tinha síndrome de Down. Não queria escrever algo pesado sobre o assunto, e sim uma história divertida, leve. Acredito que deu certo”.

Tanto deu certo que em todos os festivais que o longa-metragem foi apresentado, principalmente, desde sua estréia em Paulínia, nos finais das sessões, o público aplaudiu em pé, sem contar a premiação em Gramado.

Emoção garantida que atingirá o público de 8 a 80 anos, e que ficará por muito tempo na memória de quem assistir. Tenha certeza!

“Sonho, Coragem e Amor”, são as palavras que o grande ator Lima Duarte definiu o trabalho.

Antes de finalizar, importante mencionar que a trilha sonora do filme também possui um detalhe especial. Você não imagina.

12 de setembro de 2012

“A Verdade Sobre a Nostalgia”


Considero-me uma pessoa saudosista, mais ligada ao passado que o normal, chegando a ponto da nostalgia ao extremo. Sinceramente até já tentei me desligar deste “problema”, mas o resultado nunca foi satisfatório.

Como se fosse hoje, lembro-me quando tinha nove anos de idade, reclamando da escola, das gincanas, das aulas de judô, sendo que as minhas únicas satisfações ficavam restritas ao futebol na rua e as aulas de violão.

Sinceramente nunca fui aquele aluno exemplar, mas também não trazia problemas aos meus pais, exceto a vez que quebrei uma cadeira escolar na cabeça de outro aluno, e quando “roubei” o fusível, deixando o pavilhão no escuro, para não ter aula e assim todos os alunos serem dispensados, numa sexta-feira. Coisas banais!


Quando somos crianças não vemos a hora de atingir a juventude, talvez para sermos um pouco mais livres, seguindo esta linha até alcançar os 18 anos e tirar a sonhada “carta” de motorista, e assim sucessivamente. Já atualmente pensamos: “Nossa, como era boa a infância!”.

Difícil entender. Será que nunca vamos nos conformar? Será quando eu tiver uns 88 anos não terei saudades do que vivo hoje? O “profeta” Noronha já me disse que sim.

Detestava aqueles campeonatos municipais ou estaduais de judô, e mesmo ganhando medalhas pelo bom desempenho não me realizava internamente, como aquelas festas tradicionais da escola (junina, dia dos pais, das mães, classe contra classe, entre outras que só de imaginar, me davam dor de estômago). Ainda bem que meus pais não insistiam em permanecer e em poucos minutos já me via dentro de algum boteco, ou então num daqueles restaurantes requintados na Serra da Cantareira.

Lembro-me como fosse hoje, morando em Guarulhos, numa das ruas mais movimentadas para a época, que viajava praticamente todos os finais de semana com os “velhos”, desfrutava de uma vida tranqüila, sem preocupação, restrita praticamente aos estudos, e mesmo assim mantinha meu censo crítico, reclamando de provas, trabalhos, gráficos, desenhos e outras obrigações que chegavam a tirar o sono. Quanta ilusão!

Mal sabia o que futuro me reservava.

Enfim, este foi apenas mais um momento nostálgico, que tende a permanecer na memória, no pensamento, onde chego a conclusão que realmente seria ótimo se o relógio tivesse condições de voltar no tempo. Como, infelizmente, não tem, recordo-me daquela frase de dom Raulzito Seixas: “Vou fazer o que eu gosto; ‘sabendo’ que atrás da curva do perigo existe; Alguma coisa bem mais nova e menos triste”.

5 de setembro de 2012

Olha o Passarinho!!!


Realmente estou ficando velho.

Eu sou do tempo que você ia a uma loja, comprava um filme de 12, 24 ou 36 poses, colocava na máquina, tirava suas fotos, com muita cautela, levava para revelar, e somente no dia seguinte você via o resultado. Normalmente 1/3 dos chamados “retratos” ficavam uma “merda”, mas mesmo assim você adorava ficar horas relembrando os acontecimentos, através daquelas imagens.


Hoje você vai numa festa, num show, ou numa simples confraternização familiar, e quando menos espera tem uma avalanche de flash’s em sua direção. Mesmo que você não queira, em questão de minutos, sua imagem se associa a uma celebridade de Hollywood.

As fotos são como balas perdidas no Rio de Janeiro, ou seja, você sequer sabe de onde vem. Antigamente você pedia para tirar uma foto. Hoje é o inverso, onde você tem que implorar para não tirar. Incrível! A privacidade se tornou produto de luxo na atual conjuntura.

Pior que ao contrário de tempos atrás, as centenas de fotos que as pessoas tiram, sequer elas vêem. Duvido que conseguem olhar mais de duas vezes, diante de tantas que armazenam no chamado cartão de memória. Impossível!

Outro dia, estávamos numa mesa de um bar, quando chegou um rapaz no intuito de tirar uma foto, para o site ou facebook do estabelecimento. Desculpei-me e pedi, gentilmente, para não clicar, quando ele de forma perplexa não entendeu, até que resolvi, com um ar sério, inventar: “Meu velho, eu estou aqui com a minha amante. O marido dela é cangaceiro nordestino e a facada será certeira. Você prefere perder tragicamente os clientes ou deixar de tirar a foto?”.

Não tem como ser coerente nestas horas. Concorda? O jeito é fantasiar uma história.

Neste aspecto específico, a pessoa alega uma coisa, e quando menos espera suas fotos estão expostas revelando outra, totalmente diferente. O que tem de “Ricky Martin” enrustido, escondido dentro do armário, não está no gibi, ou melhor, nas redes sociais.

O cara alega no perfil que é homem, interessado em mulher, mas trata o afilhado de “fofo”, expõe uma “porrada” de fotos sem camisa a la Dinho Ouro Preto, faz biquinho com a boca na frente da câmera, e curte o som de Bon Jovi. Não tem imagem, mesmo em máquina digital de última geração, que segure o disfarce.

Só falta na hora H, em punho à máquina na mão dizer: “Olha o passarinho!!!”.

Quero deixar claro que não tenho nenhum preconceito, apenas não compreendo a pessoa querer mostrar ser uma, quando na verdade é outro, ou melhor, outra. Hipocrisia desnecessária no mundo em que vivemos.

1 de setembro de 2012

“Aids, Não Tente Colocar Band-Aids”


Tive uma informação esta semana, vindo de uma pessoa influente, que tem acesso a dados, ou seja, que sabe o que está dizendo, a qual me deixou um pouco perplexo. Eu disse um pouco, porque hoje em dia nada mais me assusta, mas tem coisas que permanecem no nosso subconsciente.

Na cidade de São Carlos há um crescimento significativo de aidéticos, os quais estes números são camuflados pela Secretaria de Saúde Municipal, até porque, há de manter uma imagem, principalmente quando o município no Brasil é considerado desenvolvido.

O que me deixou mais pensativo, foi à afirmação categórica, que existem muitas pessoas, principalmente jovens e adultos, que após constatar ser soropositivo, talvez por vingança, descuido ou qualquer outra denominação que você queira ter, não tem o menor cuidado em não transmitir o vírus.

Prefiro não dizer o nome, por questão de eventual represália, por trabalhar junto à área de Saúde, mas três frases que ela me disse, sinceramente me intrigaram:

“A grande maioria, cerca de 90%, após saber do resultado, sendo positivo, mantém isto no anonimato, quando muito apenas entre os parentes mais próximos, até porque o preconceito social ainda existe”.

“A maioria dos infectados são pessoas que mantém uma vida social intensa. São solteiros, freqüentam a noite, festas, pertencentes a famílias classe média e média-alta, e pensam assim: ‘Já que eu peguei, que se f... os outros”.

E finalmente: “Os jovens integram o maior fator de risco, até porque imaginam que nunca pegarão esta doença. Eles ainda associam pela aparência, pelo status, homossexuais ou ainda aos drogados”.

Resumidamente recordei daquela velha frase onde “aquele que vê cara, não vê aids”. Não pense que uma garota, um mesmo um garotão (como diz o bom e velho Léo Jaime), após algumas rodadas de chopps, no calor da noite, pensará em você, por não portar preservativo. Ou você ainda acredita nisso?

A intenção deste post é ajudar a conscientizar a respeito do assunto.


29 de agosto de 2012

Venha a Nós


Ninguém se importa com ninguém.

Aquele velho ditado distorcido: “Venha a nós e ao vosso reino ‘porra’ nenhuma!”. Olhe ao seu redor e tire suas próprias conclusões. Faça um gráfico e tente alcançar o índice de 50 por cento, número satisfatório que contrariaria o que estou dizendo.

A ganância, o individualismo e o egoísmo imperam, restando a si as justificativas, buscando nos outros a culpa, e, se possível, quanto mais denegrir a imagem de quem não agrada, melhor.

Tornou-se banal e normal, simplesmente falar mal.


O que passou, o que foi feito, independente por quem, perdeu o valor, permanecendo apenas o que lhe interessa, até porque, a maioria das pessoas, com raríssimas exceções, não possuem a balança para avaliar o preço das atitudes, dos acontecimentos, de quem fez parte da estrada.

O que é não saber perder? Quem souber, por favor, me responda. Talvez, se conseguir me convencer, me traria uma conclusão plausível para compreender e amenizar o que me intriga, me persegue.

“Nossa, hoje eu sou mais eu. Faço e aconteço. Quando quero me esbaldo, e quando preciso me faço de vítima de uma situação”.

Vejo ao meu redor quem se contenta com o mero prazer de estar em foco, nas luzes, sem saber que este brilho pode ser momentâneo, indiferente, e, que muitas vezes, se ofusca ao deitar, onde será imprescindível compartilhar o vazio, a solidão.

Muitos não aceitam o erro, sem verificar a própria imperfeição.

27 de agosto de 2012

Pensando Alto


Disseram-me, certa vez, que ‘vingança é um prato que se come frio”.


Conversando a respeito, me questionaram: Mas para isso, você não terá que remexer no passado?

Será que vale a pena?

Tem vezes que meu pensamento fala alto, e mesmo assim, acabo o transportando ao papel.