Praticamente se passaram 1/3 do ano, já que estamos no 118º dia de 2012, e pelo que vejo pouco foi feito de relevância. Você reparou?
Deixando as conquistas ou as perdas pessoais ou materiais de lado, eu te faço uma pergunta num tom mais complexo: Quantas vezes nestes cento e poucos dias você visitou uma creche, um asilo, ou mesmo um hospital, que não fosse para tratar de assuntos relacionados a uma pessoa de sua convivência?
Uma vez me disseram que o dinheiro pode não comprar a saúde, mas traz um conforto para você morrer melhor. Sinceramente eu só poderia ter ouvido isso de algum materialista, o qual mesmo não concordando, respeito sua visão. Independente de ser ou não verdade, o que isso importa? Até porque no leito de morte, a pessoa em suas últimas avaliações não fica se indagando: “Nossa, eu deveria ter comprado aquele carro do que o outro”. Ou então: “Poderia ter ido naquela festa vestido com aquele vestido a aquele que fui”. Certamente ela pensa no que deixou de fazer para o seu semelhante, um perdão que não concedeu, um ato de ajuda que não realizou, aonde errou e assim sucessivamente, descartando todo o lado material, até porque tudo aquilo que ela tem já não faz mais sentido.
Na semana passada no Hospital de Américo Brasiliense, vi uma pessoa nos seus últimos suspiros, implorando por um copo de água, um simples líquido que muita gente sequer valoriza quando ingere.
Você precisa ter sede ao extremo para valorizar um copo d’água? Precisa ver um aleijado a sua frente para não reclamar o quanto terá que andar? Será necessário ter sua visão afetada para enxergar o valor um simples pôr do sol?
Talvez esteja nestes pequenos detalhes o sentido da vida, naquilo que você pode fazer para a outra pessoa, no astral que despertamos, na palavra que proferimos, ou até mesmo nos ouvidos que oferecemos, e não somente no poder de compra que podemos ter. Esses são fundamentos que devemos colocar em pratica hoje, e não esperarmos os restos dos dias que faltam para completar o ano.