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28 de junho de 2012

"AQUI NINGUÉM ENTRA"


Minha situação está mais difícil que entrevistar o João Gilberto. Missão praticamente impossível. Tem momentos na vida que penso em desistir, jogar tudo para o alto, sumir neste mundão de meu Deus igual ao Belchior. Quem já não pensou nisso? A questão primordial é que a coerência retorna ao meu ser, por ter coisas que ainda valem a pena, e estes desejos sempre ficam estacionados, no segundo plano.


Natural surgir àquelas pessoas que dizem: “Calma, pois tudo isso é uma fase. Logo vai passar”. Sinceramente eu ouço isto há mais de vinte anos. Quem sabe em 2017?

Falando em João Gilberto, apesar de não me identificar com sua obra musical, cada vez mais admiro a sua pessoalidade, a sua reclusão, a distância que este artista mantém da mídia, estendendo inclusive aos seus familiares, amigos e produtores. Os vizinhos não o vêem, e a avistar a janela de seu apartamento aberta é praticamente impossível nestes últimos dez anos que reside no Leblon, bairro nobre da zona sul carioca.

Imagina um homem de 80 anos, que até pouco tempo atrás mantinha um empregado na recepção do edifício, a fim exclusivamente de receber seus pedidos, como refeições delivery’s, jornais, refrigerantes e vinhos importados?

Dizem que João Gilberto está preste a ser despejado, pelo simples fato de negar acesso de pedreiros em seu apartamento, onde o locador precisa fazer reparos necessários nos banheiros, por problemas de umidades e vasos sanitários que vazam constantemente. Questionado pelo síndico e pelo zelador, pelo interfone resumiu que a casa é dele, e só deixa entrar quem ele quiser. Alguém se habilita a enfrentá-lo?

Além de todas as excentricidades que publicamente todos conhecem, seu carro é um monza, grafite, modelo 1987. Isso mesmo! Modelo 1987, o qual é uma de sua paixão, onde nunca sai da garagem do prédio.

Situações como estas me intrigam, me desperta uma curiosidade imensa. Às vezes me pergunto: Será que ele cansou de tudo? Apenas uma defesa necessária? Estaria com síndrome do pânico? Ficou louco? Ou nenhuma das alternativas anteriores? Façam suas apostas. Quem sabe um dia ele saia da clausura e responda no Programa do Jô Soares, esta incógnita comportamental.

Seria um dos sonhos realizados do Gordo da Globo, já que entre seus objetivos estão entrevistar o próprio João Gilberto e o apresentador Silvio Santos. Melhor que seja rápido, até porque a idade dos dois juntos atinge quase duzentos anos.

25 de junho de 2012

PLUGANDO O FONE DE OUVIDO


Algumas vezes nos sentimos tão mal, que a solução é apelar para fugas que podem amenizar o nosso sofrimento, ainda que seja momentâneo. Existem aqueles que se refugiam nas drogas, no álcool, nos remédios, enfim, no que entender necessário para acalantar a dor.

Particularmente, nos últimos tempos a música é o elemento primordial, onde viajo nas letras, na melodia, na voz, contemplando o momento. Sem dúvida, considero “O Tempo Não Pára” e “Papel de Bandido” como dois hinos de minha vivência nestes últimos meses, hits que se assemelham a um paliativo, as quais não consigo deixar de lado, onde inclusive versos da primeira composição faz parte do bunner principal deste blog. Bastante pessoal, onde as ouço com fone de ouvido, a fim de adentrar no meu subconsciente, ainda que consciente.




Indiscutivelmente o meu desabafo, principalmente em momentos sombrios, a forma mais simples de passar meu recado a muitas pessoas, usufruindo apenas de trechos destas duas letras.

Como diz o ditado: “Para um bom entendedor, meia palavra basta”.

21 de junho de 2012

"PULA A FOGUEIRA IAIÁ"

Num destes finais de semana, estive na festa junina de uma escola particular, onde houve as apresentações infantis dos alunos, sabendo que presenciaria algumas situações surreais e interessantes. Não deu outra!

Logo na chegada, talvez por pedir desconto do ingresso, pelas roupas que trajávamos, pelos sorrisos debochados, ou pela reunião de todos estes elementos, imediatamente senti aqueles olhares de repúdios, amenizados pela primeira lata de cerveja servida.

O “arraiá”, a culinária, os brinquedos, os trajes típicos, se misturavam com a imponência de muitos casais que por si só comprovavam uma harmonia maculada, o famoso “estou agüentando enquanto posso, por conveniência”. Não precisava de nenhum psicanalista freudiano ao meu lado para chegar a esta “triste” conclusão. Mas o que eu tenho a ver com isso? Nada.

Por um instante procurei a fogueira, a qual não existia, vindo na minha cabeça àquela tradicional música: “Pula a fogueira iaiá; Pula a fogueira ioiô; Cuidado para não se queimar; Olha que a fogueira já queimou o meu amor”.

Além das danças sincronizadas de cada sala, passei pelo tradicional discurso de apresentação, as centenas máquinas fotográficas batendo nas cabeças de quem estava ao lado numa disputa de espaço palmo a palmo, os elogios falsos de uma mãe para com a outra, as ansiedades dos “rechonchudos” frente às diversas guloseimas que era desde o churrasquinho a maçã do amor, e os descontentamentos de quem foi selecionado a organização do evento.


Incrível como as quadrilhas não mudam, me fazendo lembrar quando eu ainda era um “pivete” em Guarulhos, “há dez mil anos atrás”, todo pintado, com aquela calça remendada, o chapéu de palha que coçava incomodando a cabeça, enquanto meu velho pai se esbaldava em “vitaminas etílicas”, frente a esta cena que hoje estou descrevendo. Os papéis se inverteram. Hoje sou eu que estou vendo os desfiles da miss e mister caipirinha, enquanto os pais pescam presentes inúteis para os seus filhos na barraquinha, enquanto outros sem condições passam vontade de um mero pacote de pipoca (doce ou salgada, ficando ao critério de quem pode pagar).

Voltando a realidade, ainda me surpreendi vendo o semblante da maioria, onde por si só revelavam que preferiam estar em qualquer outro local, exceto onde realmente estavam, demonstrando aquele ar de insatisfação, sem o menor disfarce, normalmente acompanhado pela mãe, tios e outras companhias desagradáveis para um sábado a tarde. Adoro ficar analisando o comportamento humano.

O importante é saber que festa junina é como carnaval, natal, páscoa e outras datas “maravilhosas”, ou seja, todo ano tem. Disseram-me que em 2013, provavelmente, será no mês de junho. Até lá!

18 de junho de 2012

DOSE DUPLA COM ZECA BALEIRO

Quando foi postado o texto anterior do Jerry Adriani neste blog, recebi alguns e-mails de fãs, admiradores do Zeca Baleiro, questionando a razão de não ter divulgado seu show no SESC São Carlos. Algumas indignações, críticas, as quais são compreensivas, diante da ansiedade do público e daqueles que acompanham o “In’Controle Total”.
 
Indiscutivelmente Zeca Baleiro é um dos mais respeitados, consagrados e admirados artistas da nossa MPB, o qual tenho o prazer de ter contato e manter um certo elo de amizade, razões pelas quais jamais deixaria de divulgar um evento como este, ou seja, o seu show que será realizado na próxima quinta-feira (21/6), às 20:30 horas no SESC local. Veja inclusive que este espetáculo já integra há semanas o link “eventos e sugestões” deste blog.
 
Já que estamos retratando esta “figura” singular da arte musical, lembro-me quando estive pela primeira vez com ele, ainda nos anos 90, no projeto que reunia também os “feras” Chico César, Paulinho Moska, e Lenine, onde naquela ocasião o questionei: “Porra Zeca, porque você não regrava uma música do Raul Seixas?”. Ele em tom de brincadeira, unindo uma certa ironia e respeito respondeu: “Ainda não estou pronto para gravar Raul. Preciso adquirir mais experiência e mais qualidade musical”. A humildade do cantor surpreendeu desde o início.
 
N’outra ocasião, aqui mesmo em São Carlos, já na década seguinte, adentramos a madrugada, após seu show, num bar, frente ao hotel que ele estava hospedado, onde após algumas doses de tequila falamos a respeito de seus projetos, do então recém-lançado cd (Baladas do Asfalto), quando a proprietária do “Recanto Bar”, a querida Beth, me chamou reservadamente, bastante constrangida: “Alexandre, não sei o que vou fazer, pois acabou a cerveja e preciso fechar”. Não hesitei e respondi: “Pode deixar que eu mando todo mundo embora”. A atitude foi cômica, única, e assim que Baleiro soube da necessidade da lanchonete ter que fechar as portas virou para os músicos de sua banda, ainda na mesa e disse: “Vocês não vão querer enfrentar o cara, pois além de grande, ele é fã do Raul. Melhor obedecermos e irmos dormir”, após a seção de fotos no próprio interior do bar, retratos que até hoje fazem parte do mural do botequim, atualmente instalado em outro ponto da cidade.

 
Algumas passagens ao lado deste gênio maranhense, autor de “Toca Raul”, e que estará presenteando a população de São Carlos nesta semana, com seu show de lançamento do álbum “O Disco Novo”, ocasião que nós poderemos presenciar a qualidade da junção letra e música, a autenticidade que o acompanha desde o início da carreira, além do seu lado criativo, bastante escasso na atualidade, principalmente nesta onda de “resgates” de artistas que regravam suas obras sucessiva e cansativamente, não saindo da mesmice.
 
Já que “a solidão não se cura com aspirina”, vamos curtir, e após o show “sexo também é um bom negócio, o melhor da vida é isso e ócio”, receita extraída da discografia de Baleiro.

14 de junho de 2012

O “CUMPADI” JERRY ADRIANI


No último sábado do mês de maio, estivemos na simpática e acolhedora cidade de Cosmópolis (SP), a fim de acompanhar o show do amigo e ídolo da “Jovem Guarda”, o grande Jerry Adriani. Uma “figura” simpática; simples; carismática; atenciosa; marcas que o acompanham nestes 48 anos de estrada.

Assim que chegamos no hotel, constatamos uma equipe de TV no rol de entrada, quando de repente aparece Jerry, embaralhado entre a surpresa em me ver e a preocupação de ter perdido sua mala de viagem, que somente momentos depois soubemos que havia ficado em sua casa no Rio de Janeiro. Você imaginou uma pessoa esquecer a própria mala de roupas e pertences pessoais? “Não poderia ter sido outro, senão ele mesmo”, brincou Vadinho da Costa, seu baterista inseparável.

Após a entrevista conversamos sobre as razões dele ter ficado fora do documentário “O Início, O Fim e O Meio” (lançamento do filme que retrata a história de Raul); da incrível vitalidade do bluesman B.B. King com seus 87 anos de idade; de algumas passagens de sua carreira; e dos seus projetos, incluindo o livro que ele vem escrevendo há mais de 10 anos. “Está parecendo uma bíblia com tantas páginas e informações”, confessou ironizando num tom de desculpas pela cobrança e atraso.

Questionado pela febre de alguns sucessos repentinos e avassaladores que assolam a mídia, ele começa a cantar o hit de Michel “Teló(go)”, antes mesmo de adentrarmos para um pré descanso.

A noite estava perfeita, onde na busca de uma “vitamina”, nos perdemos na “capital do hot-dog” (apelido que demos a cidade diante de quase toda esquina ter um trailler de cachorro quente), até que por sorte do destino avistamos a Van e a seguimos até o interior do evento.

Show Cosmópolis/SP, 26.05.2012. Crédito KCR.

Dentro do camarim, entre um “belisco” e outro, com direito inclusive a um cuscuz que mais parecia uma sopa, vimos várias senhoras emocionadas tirando fotos e colhendo autógrafos, além de um poeta que se dispôs a ler um trecho do capítulo do seu livro recém-lançado em sua homenagem, diante do cantor não portar seus óculos, esquecido juntamente com os pertences no Rio, tornando o momento único e ao mesmo tempo hilário.

Acompanhado por sua “jurássica e lendária” banda, no palco foram praticamente 1 hora e meia, com direito aos seus principais sucessos, interpretações de canções italianas que marcaram o início de sua carreira, clássicos de Elvis Presley, e outras em homenagem ao amigo e “cumpadi” Raul Seixas, demonstrando grande performance e interatividade constante com a platéia.

No final da noite, o cantor não escondeu sua ansiedade quanto ao show que realizará no próximo dia 20 de junho aqui no SESC São Carlos, onde independente de reprisarmos alguns destes momentos pessoais, certamente o público desta denominada “capital da tecnologia” poderá conferir um dos mais conceituados, respeitados, dinâmicos e talentosíssimos artistas em atividade na nossa MPB.

Felizmente ou infelizmente não comemos nenhum cachorro quente, mas encontramos a “vitamina”, voltando no dia seguinte, na certeza que desfrutamos de um tempo essencial, externo a uma realidade que muitas vezes insiste em se apresentar com suas garras impiedosas e cruéis.

12 de junho de 2012

FELIZ DIA DOS NAMORADOS


Hoje é uma data especial, onde se comemora o dia dos namorados. Sempre tenho por hábito rodar pela cidade e ver como as pessoas se entregam a este dia festivo, caloroso, e, para muitos, único, inesquecível.

Nesta noite poderei ver mesas de bares noturnos a luz de velas, vinhos expostos, além de bombons, flores e outros artefatos que compõem esta celebração bastante especial. Logicamente que existem casais que centram para o romantismo, enquanto outros sequer se atêm a estes detalhes.

Considero-me um observador humano, mesmo não sendo psicólogo, analista ou especialista da área, onde vejo os casais, normalmente, com atitudes esdrúxulas, as quais não ficarão de fora deste depoimento.

Nestas minhas andanças, presenciei filas externas nos motéis, as quais se equivalem a gados esperando pelo abate, no ato final, sem contar aqueles que iniciam todo o procedimento ainda dentro de seus automóveis, que balançam demonstrando a ansiedade, ou talvez a compensação do valor que gastou num presente para a(o) namorada(o). Não tem coisa pior que programar estes momentos! Mas tem quem ainda não saiba disso!

Teria coisa mais insensata que numa noite dessa levar a namorada, noiva ou esposa na churrascaria? Mesmo assim você pode verificar que se não tiver reserva, certamente ficará aguardando horas e horas por uma vaga, até desfrutar das “prazerosas” rodadas de carnes a serem servidas.

Já viu aquela cena, que o garçom, com o espeto na mão, mira seu olhar no decote da garota, e num tom sarcástico, pergunta para o garotão: “Vai uma maminha aí?”. Normalmente o rapaz está mais preocupado com a chegada da picanha. Se não viu, preste atenção na próxima vez que visitar estes rodízios.

Não precisa muito para ver, em situações como esta, a nitidez no rosto do cidadão, onde sua vontade era de estar batendo aquela famosa “pelada” com os amigos, assistindo seu time preferido na TV, ou ainda no chamado “churras”, até mesmo disputando uma partida de playstation, exceto estar do lado da namorada numa noite que ele vê como obrigatória, sem saída. Estou mentindo?

Por outro lado, se você não se integra a estes tipos de casais, e que esteja vivendo um relacionamento agradável, faça como eu, presenteando-a com uma única rosa e a convidando para tomar um simples conhaque no bar da esquina, para depois vagar pela cidade sorrindo destes momentos cômicos, os quais relatei.


O dia dos namorados não é apenas 12 de junho, e sim todos os dias que você dispor a tratar bem aquele(a) que está ao seu lado, jamais esquecendo que no meio do termo “namorados” tem a palavra “amor”, que envolve, entre outros, atração, sedução e paixão. Que estes elementos estejam comigo por todo o resto de minha existência, até porque, não vejo sentido na vida, sem que exista o amor.

8 de junho de 2012

HOMENAGEM A PAUL McCARTNEY


A exemplo de toda pessoa que acessa a Internet, me deparo diariamente com a caixa de entrada do meu e-mail repleta de mensagens anexas, onde a grande maioria é composta por corrente a serem repassadas, crianças perdidas a serem encontradas, orações que me salvarão do reino do Inferno, receitas para o sucesso repentino e outros que nem perco tempo em abrir.

Porém, como toda regra tem sua exceção, no caso específico quero falar de um sujeito chamado Luis Carlos Messa, que de tanto exercer suas funções na EPTV Central, em breve se tornará um acionista majoritário das Organizações Globo, sendo que quando dispõe de um raro tempo disponível me encaminha e-mails que fogem dos padrões que relatei anteriormente.

Fazendo um parêntese, Messa é um grande amigo-irmão de quase duas décadas e meia, onde mantemos a mesma metafísica e pensamentos sobre os mais diversos assuntos, um rockeiro a lá Eric Burdon, que passou por todas as fases do movimento, e hoje prefere o laboratório de sua sala de som a se deparar com o mundo externo que pouco lhe oferece em matéria de essência e novidade.

Indiscutivelmente o vejo como uma das autoridades máximas quando o assunto é arte musical, e no campo pessoal o comparo como um guerrilheiro estratégico, atuando em conjunto sempre nos momentos mais difíceis e obscuros. Aquele que não está na constância, mas presente em todas as batalhas.

A afinidade faz com que ele me envie e-mails interessantes, desconhecidos e raros, que normalmente acabo armazenando em cds ou dvds, tamanhas pérolas, preciosidades.

Não foi diferente na semana passada, quando abri um e-mail enviado pelo próprio, com o título “BEATLES DIFERENTE – SENSACIONAL”, com os seguintes dizeres: “Acho que você deveria postar este link em seu blog. Vale a pena!”.


Realmente, este meu velho camarada, estava certo do que dizia. Jamais poderia guardar somente nos meus arquivos esta homenagem ao Beatle Paul McCartney, lenda viva do Rock mundial, onde além da qualidade do tributo em si, destacam-se as personalidades que compõem a platéia, a forma como foi realizada e a sensação de surpresa que celebra toda a cena em questão.

Compartilhar vídeos como este é demonstrar a qualidade e a alma do rock’n roll, principalmente a muitas pessoas que defendem que este estilo musical é cercado de drogas, loucuras e outros adjetivos que dispensam comentários.

Já que recebi este vídeo, agora é aguardar para apreciar aquela “velha” cerveja prometida por ele há praticamente um ano, uma verdadeira raridade que certamente faria par perfeito não somente com este, mas com outras relíquias presenteadas nestes últimos tempos.

6 de junho de 2012

GREVE DE NOTÍCIAS


Chego no escritório e vejo o jornal com a manchete de capa, onde um político de evidência nacional visitará a cidade no próximo mês, a convite de alguns empresários e da aliança partidária que mantém junto a Câmara de Vereadores local. Certamente toda esta iniciativa de trazer mais um corrupto para São Carlos visa troca de favores e outros interesses pessoais. Difícil seria contar com a visita de um investidor econômico. Isto me faz lembrar da visita do Maluf na cidade, que contou com milhares de desocupados endeusando um dos maiores saqueadores dos cofres públicos da política moderna.

Abro o computador e fico impressionado com algumas celebridades femininas que passaram o final de semana tomando sol nas mais variadas praias no nosso litoral brasileiro. Nomes de artistas globais e de outros segmentos que estão perdendo seus espaços, em minúsculos biquínis, fazendo poses sensuais na intenção exclusiva de serem flagradas pelos chamadas paparazzis de plantões. Certamente durante a semana ficarão indignadas por terem suas privacidades atingidas. E tem gente que acredita!

Interessante ainda analisar fixamente a transformação através de fotos que o tempo fez com aquela velha - Elizabeth II, a Rainha da Inglaterra, que está comemorando o Jubileu de Diamante, que em outras palavras significa apenas os sessenta anos de trono, equivalente a mais de meio século de vagabundagem as custas do povo britânico. Não consigo compreender toda esta adoração pela família Real. Chego à conclusão que em matéria de povo otário não somos os exclusivos no mundo.


No link seguinte temos a guerra entre o Flamengo, meu time de coração, contra o jogador Ronaldinho Gaúcho, onde o clube alega ter em sua defesa amostra de exame médico do sangue do atleta contendo álcool, numa forma de compensação pela saída do atleta que não recebia há meses seus salários. Fico pensando: Difícil seria o clube apresentar um exame de sanidade mental da presidente Patrícia Amorim, e outro exame do sangue do Ronaldinho que não tenha álcool. O Flamengo que já teve o chamado “ataque dos sonhos”, no caso dele ter continuado na Gávea, ao lado do Adriano, O Imperador, poderia formar o “ataque etílico”. Não teríamos um zagueiro de qualquer time adversário que agüentaria as divididas. Campeão invicto!

Cansado da rede virtual, no final do dia, assisto no Jornal Nacional a lentidão do trânsito em São Paulo, e uma criança que foi morta por um tiro perdido entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro. A equipe da Globo com estas notícias inéditas, jamais vistas, merecem o Prêmio Nobel do Jornalismo Mundial na categoria exclusividade.

Vou deitar com a certeza que as notícias apresentadas no dia de hoje, através de várias fontes que compõe a mídia, nada me trouxe de útil e significativo. Iniciarei uma greve de informações inúteis a partir de amanhã, sem direito a qualquer benefício.

1 de junho de 2012

FIM DE SEMANA


Novamente chegou mais um final de semana, onde alguns já têm seus destinos programados, enquanto outros tentam se encaixar no tempo disponível, ou quase disponível. Defendo que o final de semana que na teoria foi criado para o descanso, a maioria das pessoas chegam quebradas no final do domingo, pelas festas, noitadas, bebidas e outras extravagâncias que chega a se iniciar na quinta-feira à noite. (Quero deixar claro que não se trata de uma crítica, e sim de uma constatação).

Aqui em São Carlos as opções são diversas e infinitas, como ficar deitado, curtir um churrasco com os amigos, visitar o parque ecológico, pescar em beiras de rios límpidos, comer um pastel próximo ao cemitério, passear no “gigantesco” shopping Iguatemi, ou então “furar” as noites em duas casas noturnas que normalmente possuem como atrações algumas duplas sertanejas que não são oriundas de Goiânia.

Interessante que ao optar por uma lanchonete que normalmente tenha música ao vivo, dificilmente você acaba encontrando pessoas indesejáveis, com uma variação de casais e solteiros desconhecidos, nunca vistos. Há ocasiões que o próprio garçom não precisa sequer levar o cardápio, pois por uma telepatia extra-natural consegue decifrar o seu gosto, o seu pedido. No meu caso, sem que eles me conheçam, me servem basicamente uma caipiroska e uma Brahma. Inacreditável!


Existem ainda aqueles “playboys” ou “manos”, dependendo do padrão automobilístico, que fazem uma rota e passam pelo mesmo lugar dezenas e dezenas de vezes, sendo que, ao não serem percebidos, aceleram ou aumentam o potente som da “caranga”, no intuito de chamarem as atenções, até enjoar do percurso, tomar coragem, entrar no “bendito” estabelecimento noturno e ficar por horas e horas com uma batida ou com uma garrafa de cerveja, sem esquecer de antes ingerir uma fortíssima Ice, comprada normalmente em postos de gasolina no chamado “esquenta”.

Os domingos à tarde, principalmente na tradicional “rua Larga”, são praticamente como aqueles domingos áureos da Jovem Guarda, com carrões passando, brotinhos lindos desfilando, jovens com roupas “transadas”, chicletes mascados integrando a imagem dos jovens presentes no movimento.

Apesar dos deboches expostos tanto no terceiro, quanto no quinto parágrafo deste post, esclarecimento necessário a quem não conhece a cidade propriamente falando, ressalto que mesmo com todas estas tradições de cidade pequena (apesar de ser média), aprecio muito morar em São Carlos, e, já que chegou o final de semana, nada mais resta senão programar o meu destino.

Acredito que, a exemplo da grande maioria, terei que enfrentar um domingo recolhendo os meus cacos, “lambendo a minha própria ferida”.