Você sabe qual o seu valor de mercado? Não? Na verdade, muitos defendem que tudo tem seu preço e seu valor, e também não é para menos. Veja que desde uma simples bala na padaria, a um jato supersônico, tudo tem seu preço. No caso do ser humano este princípio não fica excluído.
Cheguei a ler que em tráficos de órgãos, um coração pode chegar a 200 mil reais; a córnea a 30 mil; mesmo preço de um fígado; e um rim por 20 mil reais; sendo que é considerado o terceiro crime mais lucrativo do mundo, perdendo apenas para os tráficos de drogas e de armas.
Veja que uma pessoa pode salvar até seis vidas doando ou vendendo seus órgãos, e com estes preços tabelados, incluindo o coração que é tido como o “produto” mais caro, concluo que o humano, em perfeitas condições (eu disse, “perfeitíssimas” condições), pode chegar ao valor médio de aproximadamente 350 mil reais. Não passa disso!
Logo me veio uma imensa sensação de desgosto pessoal e íntimo. Você percebeu a minha revolta? Então analise o meu pensamento: Você, ou mesmo eu (citando apenas como exemplo), valemos menos que uma simples casa no centro de São Carlos, cidade onde resido; menos que um carro importado, sem muito luxo ou adicionais; ou mesmo a uma simples lancha que só serve para andar nas águas do litoral. A pessoa, mesmo tendo um valor inferior, pode andar na terra, no ar e na água. Você acha justo?
Apesar de pouco freqüentar clínicas ou fazer check-up, tenho a consciência que muitos dos meus órgãos não servirão nem mesmo para serem doados, e posso me considerar uma pessoa no valor de mercado em R$150 mil, chutando alto. Imagine você passar no shopping, numa galeria ou mesmo numa simples loja e me ver na vitrine com uma placa: “Promoção. Só hoje por 100 mil reais, sem direito a troca”.
Evitando passar por este constrangimento, quero deixar bem claro e evidente, mesmo que alguns dos meus documentos (RG, CNH) atestam o contrário, que a partir deste momento, sou um doador de órgãos, caso algo seja aproveitado, sendo melhor salvar uma única vida a ter tudo devorado pela terra. “Que seja feita a ‘minha’ vontade. Amém!”.
Aprendi mais um pouco lendo textos deste blog. Acredito que o meu valor também não passe de uns 200 mil e então será melhor doar que vender. Muito bom.
ResponderExcluirVOCÊ FALOU EM 200 MIL? MUITA PRETENSÃO (RS).
ExcluirAle, imagino você na vitrine, sendo vendido e portando um manual de instrução, informando problemas no fígado, pâncreas, pulmão. Não vai chegar a 30 mil – kkkkkkk. Eu também não fico atráz. Melhor doar para ver o que salva – kkkkkkk.
ResponderExcluirSERGIO, DO JEITO QUE VOCÊ EXPRESSOU SEU COMENTÁRIO, O "COMPRADOR" VAI QUERER NEGOCIAR O PREÇO. CERTAMENTE FICARÁ NOS 30 MIL E COM DIREITO A BRINDE (RS).
ExcluirOBRIGADO PELA PARTICIPAÇÃO.
O gesto de doar órgãos é um gesto de amor ao próximo. Parabéns pela atitude!
ResponderExcluirFiz as contas aqui... e desanimei!
ResponderExcluirMeu coração... Corinthiano
Meu fígado... faleceu em 2008!
Minhas córneas... problemas de visão que afetam o 'valor de mercado' das mesmas!
Rim... praticamente um 'jabá', charque de 3ª!
Pulmões... os anos e anos em sua companhia certamente os comprometeram (Doc. Chimney).
... resumindo: não tô valendo nada!
NÃO ESTÁ VALENDO NADA? ASSIM TAMBÉM NÃO, CARO THEEEAGO. ACREDITO QUE UNS 15 MIL DARIA PARA NEGOCIAR (RS).
ExcluirOS BANDIDOS SEQUESTRAM CRIANÇAS NO BRASIL P/VENDER NO EXTERIOR, COM FOSSEM GADOS. ATÉ HOUVE UMA CPI NO CONGRESSO, MAS COMO TODA CPI - ACABOU EM PIZZA. SÓ PRA VARIAR ACABOU EM PIZZA. VENDEM OS ÓRGÃOS E A POLÍCIA SE PREOCUPA EM PRENDER CRIANÇAS NO SINALEIRO QUE CHEIRA COLA.
ResponderExcluirOS BANDIDOS SEQUESTRAM CRIANÇAS NO BRASIL P/VENDER NO EXTERIOR, COM FOSSEM GADOS. ATÉ HOUVE UMA CPI NO CONGRESSO, MAS COMO TODA CPI - ACABOU EM PIZZA. SÓ PRA VARIAR ACABOU EM PIZZA. VENDEM OS ÓRGÃOS E A POLÍCIA SE PREOCUPA EM PRENDER CRIANÇAS NO SINALEIRO QUE CHEIRA COLA.
ResponderExcluirvc naum vale nada mesmo~ e nao só os orgao
ResponderExcluirA família da Heloá, morta pelo namorado também doou seus órgãos, salvando vidas. Lindo exemplo.
ResponderExcluirMeu velho amigo e irmão, parabéns por mais este texto esclarecedor. Meu brother, neste caso específico, eu valeria, quando muito no varejo, mais ou menos R$1,99 e isso, se fosse colocado à venda nessas lojinhas fuleiras. 40 anos de vício fatal do tabagismo, pulmão coberto por uma placa de alcatrão e nicotina, pressão altissima, coração rachado pelas seqüelas da vida, corpo todo afetado pelos longos anos de bebedeiras e loucuras humanas, mente rechaçada pelo rock´n´roll. Ou seja, daria um produto para venda aos ferro-velhos da cidade, produto suspeito e não recomendável até mesmo para reciclagem. Valor 0. Nem pra doação de orgãos meu corpo estará disponível, porque aquele em que algum órgão meu for transplantado terá um fim mais triste do que o meu. Mas se sou pó e ao pó retornarei, por que razão me preocuparia em manter meu corpo intacto e inteiro??? Até mesmo os escravos tinham preços variados e negociáveis. Na época mais podre que a humanidade atravessou, a de escravizar seres humanos por causa da sua cor, um escravo poderia valer 50 mil reais ou muito mais, era um investimento e sinal de status ter escravos e quanto maior o número de escravos, mais bem estabilizada era a vida financeira dos senhores feudais e fazendeiros da época. Nada mudou, apenas mudou-se o nome das situações de escravidão. Hoje a escravidão é moderna, o sujeito trabalha como se fosse um boi, recebe um soldo miserável e criminoso e ainda se acredita um cidadão de bem, bem empregado e ativo, patriota que exerce seu direito ao voto obrigatóriamente, que não tem moradia, não tem saúde, não tem comida e não tem autonomia de escolher o que quer para sua vida, ou seja, cada cidadão tem um preço sim senhor e a tabela ainda segue a mesma linha da época da escravidão, hoje disfarçada com a máscara do avanço tecnologico e cientifico. Todos nós temos um preço. Eu não valho um dólar furado, um vintém e o mais inaceitável é que não posso nem mesmo contribuir e nem doar meus órgãos para salvar outras vidas, porque violentei todos os códigos de disciplina humana e matei meus órgãos com muito fumo, canabis e bebidas e rock´n´roll, fiz minha trilha para o inferno. Mas como não sou produto disponível à negociação, espero que aqueles que continuarão vivos depois de minha partida para outra dimensão pra onde irei fatalmente para reforma e retorno em outra vida, me perdoem por não poder ajudá-los a prolongar seu estágio nesta terra de imbecis. Ótimo texto, parabéns.
ResponderExcluirVELHO,
ExcluirVOCÊ REALMENTE NÃO É NENHUM PRODUTO DISPONÍVEL À NEGOCIAÇÃO. NA VERDADE VOCÊ É UMA "PEÇA RARA", E JAMAIS PODERIA SER VENDIDO EM UMA "LOJINHA FULEIRA DE 1,99", MAS SIM NUM REQUINTADO ANTIQUÁRIO, FACE SUA INTELIGÊNCIA, SEU PENSAMENTO E SUA CULTURA.
VALEU PELO DEPOIMENTO, E PELAS CONSTANTES PARTICIPAÇÕES NESTE BLOG. MUITA GENTE COMENTA E ADMIRA SEUS COMENTÁRIOS.
OBRIGADO MESMO.
Eu também optei pela doação de órgãos, antes que a terra nos coma, como tem aquela música do Cazuza. Lembra? Por que tem gente assim, tão mesquinha que não consegue doar um real para um necessitado, qto mais um órgao de seu corpo. Triste realidade.
ResponderExcluirtambém sou doadora e isso me faz pensar que o egoísmo mesmo depois de morta é segundo plano
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